Cid vai entregar Bolsonaro como mandante da venda de joias
Apurado no crime foi repassado a Bolsonaro em dinheiro vivo

Mariane Veiga
Publicado em: 17/08/2023 às 20:54 | Atualizado em: 17/08/2023 às 21:27
O tenente-coronel, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), vai confessar participação no esquema de venda de joias e apontará Jair Bolsonaro como mandante dos crimes.
Segundo o Correio Braziliense, inicialmente, a informação foi confirmada por Cezar Bitencourt, advogado de Cid, em entrevista à Veja e ao O Globo, nesta quinta-feira (17).
Conforme a publicação, diante das evidências colhidas pela Polícia Federal da participação dele nos crimes, Mauro Cid decidiu assumir a culpa.
Dessa maneira, o militar vai dizer que participou da venda das joias nos Estados Unidos, atuou na transferência do dinheiro arrecadado para o Brasil e o entregou a Bolsonaro. Isso em dinheiro vivo, para não deixar rastros.
Leia mais
O que tem no celular do general Cid que apavora militares
Cid vai dizer às autoridades que fez tudo a mando de Bolsonaro, o “mandante do esquema”, explicou o advogado.
Cid está preso há três meses no Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília, investigado em diversos casos que envolvem o nome do ex-presidente.
Entre as acusações estão o esquema das joias sauditas, falsificação dos cartões de vacinação e o plano golpista para anular o resultado das eleições de 2022.
O advogado Cezar Bitencourt também disse à Veja que Cid contará detalhes que tornarão evidente que Bolsonaro sabia, sim, que estava cometendo um crime no esquema das joias.
“Resolve lá”, teria dito Bolsonaro”, disse o advogado à Veja.
Leia mais no Correio Braziliense.
Foto: Alan Santos/Presidência da República