Cid entrega: Michelle era dos golpistas mais afoitos a influenciar Bolsonaro
Michelle e Eduardo Bolsonaro faziam parte da ala mais favorável ao golpe entre as pessoas que aconselhavam Bolsonaro.

Ednilson Maciel
Publicado em: 26/01/2025 às 15:04 | Atualizado em: 26/01/2025 às 15:09
Dos golpistas mais afoitos a influenciar Jair Bolsonaro (PL) para a trama do golpe contra a democracia brasileira, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro era a mais radical, e com ela o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
É o que relatou em depoimento à Polícia Federal (PF) o ex-ajudante de ordens o tenente-coronel Mauro Cid, segundo divulgou a coluna do jornalista Elio Gaspari, do jornal “O Globo”. Como informa o g1.
Segundo Cid, Michelle e Eduardo faziam parte da ala mais favorável ao golpe entre as pessoas que aconselhavam Bolsonaro.
Conforme o militar, a ala mais radical, de acordo com Cid, também era composta por:
- Onix Lorenzoni, ministro da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro;
- Jorge Seif, senador;
- Gilson Machado, ministro do Turismo do governo Bolsonaro;
- Magno Malta, senador;
- General Mario Fernandes, secretário executivo do general Luiz Eduardo Ramos.
De acordo com a informação, Cid também disse à PF que Bolsonaro era aconselhado por três grupos distintos.
Ou seja, um mais radical — do qual faziam parte Michelle e Eduardo — , outro formado por políticos conservadores e outro que ele classificou como “moderado”.
Dessa maneira, o grupo “moderado”, faziam parte generais da ativa que se opunham ao golpe. Cid cita:
- o comandante do Exército, general Freire Gomes;
- o chefe do Departamento de Engenharia e Construção, general Arruda;
- o chefe do Comando de Operações Terrestres, general Teófilo;
- o então ministro da Defesa, general Paulo Sérgio.
Ainda de acordo com Cid, esse grupo temia que Bolsonaro fosse influenciado pela ala mais radical e assinasse “uma doideira”.
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Foto: Isac Nóbrega/PR