Cid, até que enfim, entrega Bolsonaro e Braga Netto para salvar pele
Ele fez revelações que evitaram sua prisão, mas não o indiciamento no plano golpista de Bolsonaro

Mariane Veiga
Publicado em: 21/11/2024 às 20:27 | Atualizado em: 21/11/2024 às 21:12
O ex-ajudante de ordens Mauro Cid teve de entregar Braga Netto e complicar a vida do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para não perder os benefícios de sua delação premiada.
A informação é de pessoas que tiveram acesso à audiência desta quinta-feira (21) realizada no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo relator do inquérito das milícias digitais, o ministro Alexandre de Moraes.
Segundo informações dos bastidores, a audiência de Mauro Cid foi “muito boa”.
Ele confirmou, segundo relato de presentes, a participação de Walter Souza Braga Netto nas reuniões sobre o planejamento de assassinato de Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes.
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Além disso, Cid teria “complicado” a vida de Bolsonaro dentro das investigações sobre a elaboração de um plano golpista.
A defesa de Mauro Cid já havia adiantado que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro iria confirmar a participação do ex-ministro da Defesa e da Casa Civil nas reuniões sobre o plano golpista.
Mas ele acabou indo além e deu informações que também comprometem o ex-presidente da República nas investigações, o que ele vinha evitando fazer até agora em seus depoimentos à Polícia Federal.
As informações são do blog do Valdo Cruz, do G1.
Foto: Felipe Sampaio/STF