Vaquinha de militares por Cid frustra seguidores de Bolsonaro
Meta era de R$ 600 mil para cobrir despesas com defesa, medicamentos e outros custos.

Diamantino Junior
Publicado em: 10/03/2024 às 10:24 | Atualizado em: 10/03/2024 às 10:24
A campanha de financiamento coletivo, vaquinha, organizada por militares da reserva para auxiliar o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, obteve apenas R$ 50 mil. A meta inicial era de R$ 600 mil para cobrir as dívidas do militar, que incluem despesas com defesa, medicamentos e outros custos.
Cid, que responde a processos por diversos crimes, incluindo fraude em cartões de vacina e suposto plano golpista, já vendeu a maioria de seus bens para arcar com seus gastos. A iniciativa dos militares visava aliviar a pressão financeira sobre ele e sua família.
Segundo Cid, os R$ 50 mil arrecadados foram suficientes para pagar apenas um mês de seu advogado, o criminalista Cezar Bitencourt.
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Exército afasta Mauro Cid, o ex-ajudante de Bolsonaro
Nesta segunda-feira (11/3), Cid prestará novo depoimento à Polícia Federal (PF).
Ele será questionado sobre declarações de outros militares relacionadas ao suposto plano golpista de Bolsonaro após a derrota nas eleições de 2022.
Mauro está em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica e afastado de seu cargo no Exército, mas continua recebendo seu salário integral de R$ 27 mil mensais.
Cid já perdeu dois advogados
O tenente-coronel já perdeu dois advogados nesse período de prisão.
De acordo com informação do UOL, a razão pela qual o advogado Bernardo Fenelon deixou a defesa de Mauro Cid não foi divulgada.
Desse modo, a saída do advogado ocorre após novas revelações sobre a participação do militar em esquema de desvio de joias da Presidência.
Antes de Fenelon, o criminalista Rodrigo Roca, próximo do clã Bolsonaro, também atuou na defesa do ex-ajudante de ordens e saiu do caso, alegando razões de foro profissional.
Em suma, segundo a PF, o tenente-coronel vendeu dois relógios de luxo em junho de 2022, nos EUA, por US$ 68 mil.
Ainda conforme a publicação, os objetos haviam sido presenteados ao Brasil. Os valores foram depositados na conta de seu pai no exterior, o general Cid, mostrou a investigação.
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