Chefe do MPF diz ao STF que é contra prisão de Bolsonaro, agora
Paulo Gonet descarta pedido de prisão de Jair Bolsonaro por atos golpistas de 8 de janeiro.

Bruna Lira, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 03/04/2025 às 09:21 | Atualizado em: 03/04/2025 às 09:28
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, enviou um parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (2). No documento, ele se posiciona contra o pedido de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A manifestação responde a uma notícia-crime protocolada no mês passado. A autora do pedido foi a vereadora Liana Cirne (PT-PE). Ela acusa Bolsonaro de incitar o crime. Segundo a vereadora, o ex-presidente convocou atos em defesa da anistia para os condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro.
Diante da denúncia, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, solicitou o posicionamento da Procuradoria-Geral da República (PGR). Caberá a ele a decisão final sobre o pedido.
Além disso, no parecer, Gonet afirmou que manifestações pacíficas não configuram crime nem ultrapassam os limites da liberdade de expressão. Além disso, destacou que a concessão de anistia é competência do Congresso Nacional, com sanção do presidente da República, conforme previsto na Constituição.
O procurador também lembrou que a PGR já analisou a possibilidade de medidas cautelares contra Bolsonaro na denúncia apresentada em fevereiro deste ano, dentro da investigação sobre a tentativa de golpe.
Por fim, a procuradoria optou por não solicitar a prisão do ex-presidente. Segundo Gonet, não surgiram fatos novos que justifiquem a mudança de entendimento.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil