Caso Marielle: ex-PM envolvido confirma crime encomendado
No entanto, ele não responde pergunta sobre existência de mandante

Mariane Veiga
Publicado em: 16/10/2023 às 22:56 | Atualizado em: 16/10/2023 às 23:01
O ex-policial militar (PM) do Rio de Janeiro Élcio de Queiroz afirmou que a morte da vereadora Marielle Franco, em março de 2018, ocorreu “mediante pagamento”.
“Foi mediante pagamento, sim”, declarou o ex-PM durante depoimento à Justiça do Rio na última terça-feira (10).
Questionado novamente se houve pagamento pelo crime, ele reforça que sim. Alega, no entanto, que não sabia quem era a vítima.
“Eu estou falando, é isso aí, mediante pagamento, mas ele não falou que era a Marielle, falou que era uma mulher”, afirmou.
O delator do duplo assassinato também destacou o aumento patrimonial dos outros envolvidos no crime: o ex-bombeiro Maxwell Corrêa e Ronnie Lessa, apontado como o executor do tiros. Citou a compra de carros luxuosos e lanchas após o crime.
“Eles ostentavam padrão de vida de policial ou ex-policial ou ex-bombeiro além dos ganhos?”, perguntou a Promotoria. “Com certeza. Muito além”, respondeu Queiroz.
As declarações foram dadas durante a audiência de instrução do processo de julgamento de Maxwell Corrêa. O ex-bombeiro será ouvido no dia 1º de dezembro.
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Foto: Reprodução/MP