Carla Zambelli e seu hacker favorito são denunciados por invadir site do CNJ

O procurador-geral da República denunciou Carla Zambelli e Walter Delgatti Neto por invadir o sistema do CNJ para inserir dados falsos.

Diamantino Junior

Publicado em: 23/04/2024 às 19:42 | Atualizado em: 23/04/2024 às 21:04

Denunciados pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto foram acusados de invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para inserir dados falsos. Os crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica constam na denúncia apresentada.

O inquérito tramita em sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF) e está sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Até o momento, não houve pronunciamento por parte da deputada Zambelli e de Delgatti em relação à denúncia.

A acusação formal feita por Gonet inclui os crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. Esse desdobramento coloca a deputada e o hacker sob a lupa da Justiça e intensifica o debate sobre a segurança cibernética e a responsabilidade no uso da tecnologia.

O inquérito que investiga o caso tramita em sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF) e está sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, conhecido por sua atuação incisiva em casos envolvendo crimes virtuais e ameaças à ordem institucional.

Até o momento, tanto Carla Zambelli quanto Walter Delgatti optaram pelo silêncio em relação à denúncia da PGR, revelando uma estratégia de cautela diante das acusações que pesam sobre eles.

A Polícia Federal (PF) já havia indiciado os dois em fevereiro pelos mesmos crimes, o que demonstra a complexidade e a gravidade da situação. Segundo o inquérito, os suspeitos inseriram documentos falsos no sistema do CNJ, incluindo um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.

Delgatti, conhecido por ter vazado conversas de procuradores da Operação Lava Jato, admitiu ter agido a pedido de Zambelli, alegando ter recebido pagamentos pelo serviço. No entanto, a defesa da deputada nega veementemente as acusações.

Um aspecto importante desse caso é o envolvimento de Thiago Eliezer Martins, apontado por Delgatti como responsável pela inclusão de alvarás de soltura no sistema do CNJ. A PF não encontrou evidências para indiciá-lo, o que levanta questionamentos sobre a dinâmica exata dos eventos.

Nesse cenário, a defesa de Martins celebrou a ausência de indiciamento, destacando a colaboração do acusado com as autoridades e ressaltando a importância do devido processo legal.

Em suma, o desdobramento desse caso destaca não apenas a complexidade das relações entre política e tecnologia, mas também a necessidade de investigações rigorosas e imparciais para a promoção da justiça e do Estado de Direito.

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Foto: reprodução