Câmara só assiste Eduardo Bolsonaro conspirar contra o Brasil nos EUA

Deputado pode estar usando dinheiro público para viajar com frequência e atacar a democracia e o STF. Boulos pede providência.

Adríssia Pinheiro, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 27/02/2025 às 10:49 | Atualizado em: 27/02/2025 às 11:19

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem sido alvo de acusações graves por conspirar contra o Brasil durante frequentes viagens aos Estados Unidos (EUA).

Nesta semana, o deputado Guilherme Boulos (Psol-SP) denunciou o parlamentar à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Tribunal de Contas da União (TCU) por crime de lesa-pátria.

Boulos acusa o filho de Bolsonaro de usar dinheiro público para pedir sanções ao Brasil junto a políticos americanos, como o republicano Richard McCormick.

Entre essas ações antidemocráticas e atentatórias à soberania nacional estão tentativas de barrar a entrada do ministro Alexandre de Moraes nos EUA e pressionar por sanções com base na Lei Magnitsky.

O vice-líder do governo federal, Rogério Correia (PT-MG), quer impedir novas viagens de Eduardo. Ele pediu à PGR a apreensão do passaporte do deputado.

Correia argumenta que Eduardo conspira contra o país e obstrui investigações.

Além disso, ele é envolvido em articulações do pai Bolsonaro para o golpe de Estado.

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Processos e acusações

Eduardo enfrenta diversos processos, incluindo quebra de decoro parlamentar por deboche à tortura sofrida pela jornalista Míriam Leitão.

Igualmente é acusado de difamação contra a Polícia Federal e de apologia à violência após comparar professores a traficantes.

Ademais, o deputado é alvo de processos no conselho de ética da Câmara por declarações e ações consideradas antidemocráticas.

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Lei Magnitsky

A Lei Magnitsky, criada nos EUA, tem sido usada contra autoridades acusadas de abuso de poder, como no caso da Venezuela.

No Brasil, há pressão para aplicá-la contra o ministro Alexandre de Moraes.

Congressistas de direita dos EUA, influenciados por Eduardo Bolsonaro, acusam Moraes de censura e violação da soberania dos EUA.

Esse caso envolve a Trump Media e Rumble, após o ministro ordenar o bloqueio da conta do militante bolsonarista Allan dos Santos no Brasil. Ele está foragido.

Além dessa investida americana, ainda há os ataques do braço direito de Donald Trump, Elon Musk, que reforçam a ideia de punir Moraes pelos recentes embates com o X.

Caso a lei seja sancionada, Moraes poderia ter bens congelados nos EUA e ser proibido de entrar no país. Instituições financeiras brasileiras também poderiam sofrer restrições.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil