O top 5 das confusões na Câmara dos Deputados em 2024

Em 2024, a Câmara dos Deputados foi palco de confrontos que incluíram agressões verbais, expondo crises internas e gerando novas medidas de controle legislativo.

Diamantino Junior

Publicado em: 03/01/2025 às 16:00 | Atualizado em: 03/01/2025 às 16:04

O ano de 2024 foi marcado por momentos tensos na Câmara dos Deputados, com episódios de agressões verbais que escancararam os limites do embate político. Embora projetos importantes como a regulamentação da reforma tributária e o pacote fiscal tenham dominado a pauta legislativa, as cenas de brigas entre parlamentares ganharam destaque, manchando a imagem da Casa.

As cinco principais brigas

1. André Janones (Avante-MG) x Nikolas Ferreira (PL-MG)
Em um dos confrontos mais emblemáticos do ano, Janones e Nikolas trocaram provocações no Conselho de Ética. Janones foi contido com uma “gravata” por outro deputado enquanto Nikolas o desafiava: “Bate aqui”. A confusão resultou na aprovação de uma resolução que permite a suspensão cautelar de mandatos, impulsionada por Arthur Lira, mas acusada de centralizar poder na Mesa Diretora.

2. Glauber Braga (Psol-RJ) x Gabriel Costanaro (MBL)
O deputado Glauber Braga expulsou a chutes e empurrões o militante Gabriel Costanaro, após troca de ofensas envolvendo temas pessoais. O episódio ocorreu nos corredores da Câmara e antecedeu outra confusão envolvendo Braga.

3. Glauber Braga (Psol-RJ) x Kim Kataguiri (União Brasil-SP)
Logo após o embate com Costanaro, Braga enfrentou Kataguiri em uma troca de empurrões. A discussão começou com acusações de Braga sobre o histórico do MBL e escalou rapidamente, necessitando intervenção da Polícia Legislativa.

4. Delegado Éder Mauro (PL-AM) x Rogério Corrêa (PT-MG)
Durante uma sessão do Conselho de Ética, Éder Mauro foi acusado de chutar Rogério Corrêa no meio de uma confusão generalizada. O episódio gerou grande repercussão nas redes sociais.

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5. Julia Zanatta (PL-SC) x Deputados de Direita
Zanatta atacou seus próprios aliados políticos, acusando-os de “bundamolismo” durante uma discussão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) sobre a proibição de celulares nas escolas. O deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM) rebateu as críticas, destacando seu histórico.

Os episódios de violência e conflitos internos só mostram a Casa Legislativa que tem representantes despreparados que não conseguem argumentar e nem manter um debate no campo das ideias.

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Foto: Lula Marques/ Agência Brasil