Voo com 158 brasileiros e outros deportados chega ao Brasil

O governo de Donald Trump segue implementando a política imigratória mais rígida e nesta sexta-feira (24/1), o envio do primeiro voo de deportação de brasileiros detidos em situação irregular nos Estados Unidos é esperado. Um total de 158 brasileiros serão repatriados em um voo organizado pelo Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE).

Este será o segundo voo de deportação de brasileiros em 2025, o primeiro foi realizado ainda na administração de Joe Biden. Entretanto, sob o governo Trump, a expectativa é que o ritmo dessas operações aumente significativamente, refletindo o endurecimento das políticas imigratórias.

Repercussão local em Newark

As operações da ICE geraram forte oposição em Newark, cidade próxima a Nova York, onde vivem milhares de imigrantes em situação irregular. O prefeito Ras Baraka condenou duramente as ações da agência e revelou episódios de abusos cometidos durante as incursões.

“Hoje, agentes da ICE invadiram um estabelecimento local na cidade de Newark, detendo moradores e cidadãos sem documentos, sem apresentar um mandado. Um dos detidos é um veterano militar dos EUA, que sofreu a indignidade de ter a legitimidade de sua documentação militar questionada. Este ato flagrante é uma violação clara da Quarta Emenda da Constituição dos EUA, que garante ‘o direito das pessoas de estarem seguras em suas pessoas, casas, papéis e efeitos, contra buscas e apreensões irracionais’”, declarou Baraka em nota oficial.

O prefeito também anunciou que realizará uma entrevista coletiva, em conjunto com parceiros e defensores dos direitos civis, para discutir ações contra as práticas do ICE e proteger os direitos humanos e civis dos imigrantes.

Impacto sobre a comunidade brasileira

A intensificação das deportações evidencia o cenário de vulnerabilidade enfrentado por imigrantes brasileiros nos EUA. De acordo com especialistas, a nova abordagem reflete uma postura mais agressiva e pode impactar profundamente as comunidades imigrantes.

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Grupos de defesa de direitos humanos alertam que a situação exige uma resposta coordenada entre governos e organizações, tanto para garantir apoio às famílias afetadas quanto para reforçar os direitos constitucionais frente às ações do governo estadunidense.

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Foto: @PressSec