Bolsonaro tenta de novo atrasar processo da ação do golpe de Estado no STF

Defesa quer acesso a todas as provas antes de iniciar a instrução criminal com depoimentos, perícias e novas diligências.

25 de março, Brasil mostra a Bolsonaro a força da democracia

Adrissia Pinheiro

Publicado em: 30/04/2025 às 08:58 | Atualizado em: 30/04/2025 às 08:59

Com novas manobras jurídicas, Jair Bolsonaro (PL) tenta outra vez atrasar o processo no Supremo Tribunal Federal (STF) que o investiga por tentativa de golpe de Estado. Sua defesa pediu acesso completo às provas da Polícia Federal (PF) antes que o julgamento avance para a fase de instrução.

O pedido foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, logo após a intimação do ex-presidente na UTI de um hospital em Brasília.

Os advogados exigem acesso integral às provas reunidas pela Polícia Federal. Só então, dizem, a ação deveria avançar para a próxima fase.

Segundo a defesa, sem conhecer completamente o material da investigação, não é possível garantir o direito ao contraditório e à ampla defesa.

Eles também solicitaram um novo prazo para pedir diligências, como laudos e perícias, o que pode levar à revisão da defesa já apresentada.

A estratégia tenta adiar os depoimentos de testemunhas, a produção de provas e outras etapas da instrução, que antecedem o julgamento.

Ao fim dessa fase, Moraes elaborará um relatório com os principais pontos da ação e votará pela condenação ou absolvição de Bolsonaro.

O caso será então liberado para julgamento pela Primeira Turma do STF. O ministro Cristiano Zanin definirá a data da votação.

A Procuradoria-Geral da República acusa Bolsonaro de cinco crimes. Somadas, as penas podem chegar a 43 anos, mas o máximo de prisão no Brasil é 40 anos.

Leia na íntegra em Carta Capital.

Leia mais

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil