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Ministro Alexandre de Moraes decide tornar pública gravação clandestina feita por Alexandre Ramagem.

Diamantino Junior
Publicado em: 15/07/2024 às 18:43 | Atualizado em: 15/07/2024 às 18:43
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (15/7) a quebra do sigilo de uma gravação clandestina realizada pelo ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem. A gravação envolve figuras de alto escalão, como o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Augusto Heleno, que na época era chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e a advogada do senador Flávio Bolsonaro.
O conteúdo, que ultrapassa uma hora de duração, será disponibilizado ao público.
Riscos
Em sua decisão, Moraes destacou os potenciais riscos associados à divulgação parcial ou manipulada do conteúdo. “Ressalto, ainda, que, a eventual divulgação parcial – ou mesmo manipulação – de trechos da Informação de Polícia Judiciária nº2404151/2024 (fls. 334-381), bem como da gravação nela referida, tem potencial de geração de inúmeras notícias incompletas ou fraudulentas em prejuízo à correta informação à sociedade”, afirmou o ministro.
Contexto da gravação
A gravação, com duração de 1 hora e 8 minutos, foi mencionada no relatório de uma investigação paralela conduzida pela Abin.
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Atualmente sob segredo de Justiça, o áudio está ligado ao uso indevido da Abin para obter informações sobre a investigação que apura o envolvimento de Flávio Bolsonaro no esquema de “rachadinha” em seu gabinete parlamentar durante seu mandato como deputado estadual.
Acesso ao conteúdo
Com a decisão de Moraes, a gravação será tornada pública, permitindo que a sociedade tenha acesso completo e transparente ao conteúdo.
A divulgação visa prevenir a disseminação de informações distorcidas ou incompletas, assegurando que os fatos sejam apresentados de forma íntegra.
Ouça a gravação
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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil