Coronel de Bolsonaro treme nas bases e desmaia com ordem de prisão

Mauro Cid, ex-ajudante de Bolsonaro, passa mal e desmaia ao ser preso no STF por descumprimento de medidas cautelares após depor sobre áudios vazados.

Diamantino Junior

Publicado em: 22/03/2024 às 18:00 | Atualizado em: 22/03/2024 às 18:03

O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, desmaiou após receber a notícia de que seria preso ao deixar o Supremo Tribunal Federal (STF).

Ele havia prestado depoimento por cerca de 1h30 e, logo em seguida, foi detido com base em um mandado de prisão preventiva expedido pelo ministro Alexandre de Moraes.

O militar teve um mal-estar no 2º subsolo da Corte e recebeu atendimento dos brigadistas antes de ser encaminhado ao Instituto de Medicina Legal pela Polícia Federal.

A prisão de Cid foi motivada pelo descumprimento de medidas cautelares e obstrução à Justiça.

A audiência de Mauro Cid no STF foi conduzida pelo desembargador Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Moraes, e contou com a presença da defesa e de um representante da Procuradoria-Geral da República.

Na noite anterior, a revista Veja divulgou áudios nos quais Cid critica a Polícia Federal e Moraes, afirmando que a PF estaria com uma “narrativa pronta” e que o ministro já teria uma “sentença pronta”.

A defesa de Cid alegou que os áudios foram um desabafo e não comprometem a colaboração premiada firmada perante a autoridade policial.

Com a divulgação dos áudios, a Polícia Federal (PF)Cpode reavaliar a delação premiada de Cid, aceita em setembro de 2023.

Fontes ligadas à investigação sugerem que o ex-ajudante de ordens pode estar tentando enviar recados para seu círculo pessoal, o que é visto como um movimento arriscado entre os militares, já que a investigação contra ele já está avançada.

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Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil