Bolsonaro mandou procurar advogado de Cid após sinal de delação
O advogado Cezar Bittencourt comenta sua conversa com o representante legal de Jair Bolsonaro após declarações sobre Mauro Cid e a investigação de dados falsos de vacinação.

Diamantino Junior
Publicado em: 18/08/2023 às 16:33 | Atualizado em: 18/08/2023 às 16:34
Durante uma entrevista ao programa Estúdio i da GloboNews nesta sexta-feira (18/8), o advogado Cezar Bittencourt, representante legal do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, mencionou ter tido uma breve conversa com Paulo Cunha Bueno, advogado de Jair Bolsonaro (PL), logo após a divulgação de uma entrevista na revista Veja. Nessa entrevista, Bittencourt havia declarado que Cid admitiria ter vendido jóias sob a instrução de Bolsonaro.
Bittencourt esclareceu que o contato durou apenas um minuto e ocorreu nas horas subsequentes à publicação da entrevista na Veja.
Ele ressaltou que não vê nenhum problema no fato, destacando que ambos são profissionais renomados e que não há motivo para ocultar ou exagerar o episódio.
Quando questionado se havia sofrido alguma ameaça após a divulgação das declarações na revista, Bittencourt negou qualquer tipo de intimidação.
Ele também enfatizou que não mantém relação alguma com a família Bolsonaro, salientando a falta de proximidade e a ausência de contatos prévios.
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Mauro Cid se encontra detido desde o dia 3 de maio, quando foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga a suposta inserção de informações falsas sobre vacinação contra a covid-19 no sistema do Ministério da Saúde. A investigação inclui integrantes da família do ex-auxiliar e do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em relação à operação da PF, que ocorreu em 11 de maio, Bittencourt explicou que a ação visava investigar a possível tentativa de comercialização ilegal de presentes oferecidos a Jair Bolsonaro por delegações estrangeiras.
Dentre os alvos da operação estavam Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens e tenente-coronel do Exército; Mauro Cesar Lourena Cid, general do Exército e pai de Mauro Cesar Barbosa Cid; Osmar Crivelatti, tenente do Exército e ex-ajudante de ordens; e Frederick Wassef, advogado que já representou Bolsonaro e seus familiares em diversos processos judiciais.
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Foto: Geraldo Magela/Agência Senado