Mais depósitos do ajudante de Bolsonaro a Michelle são achados

CPMI do 8 de Janeiro revela depósitos suspeitos em "dinheiro vivo" de ex-auxiliar de Bolsonaro para Michelle Bolsonaro. Indícios de irregularidades financeiras e possível caixa 2 são investigados.

Mulher de Cid era da rede de mentiras e fraude na vacina de covid

Diamantino Junior

Publicado em: 09/08/2023 às 10:11 | Atualizado em: 09/08/2023 às 10:14

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro revelou novas evidências de depósitos feitos por Mauro Cid, ex-auxiliar de Jair Bolsonaro, para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

O site Metrópoles divulgou essa descoberta nesta terça-feira (08/8). Segundo o Metrópoles, foram identificados 45 depósitos em dinheiro vivo em 11 datas diferentes, totalizando um montante de 60 mil reais destinados a Michelle Bolsonaro.

No início deste ano, o mesmo site já havia revelado suspeitas de um esquema de pagamentos em dinheiro vivo para a ex-primeira-dama, levantando a possibilidade de caixa 2 no governo. Na ocasião, os envolvidos negaram tais acusações.

As novas descobertas da CPMI indicam que, em janeiro do ano passado, houve um pagamento de 6 mil reais, seguido por dois depósitos no final daquele mês, totalizando 5 mil reais.

Em fevereiro, a equipe de Mauro Cid realizou oito depósitos, somando 7.700 reais, enquanto em março foram mais oito depósitos, totalizando 7 mil reais.

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No mês de abril, o padrão continuou, com dois depósitos de 1 mil reais cada e quatro depósitos de 2 mil reais, além de um de 500 reais. No dia 7 de junho de 2022, quatro depósitos de 1 mil reais e um de 800 reais foram feitos na conta de Michelle Bolsonaro. Poucos dias depois, ela recebeu seis depósitos de 1 mil reais.

Os registros de agosto revelam quatro depósitos de 1,5 mil reais e dois de 1 mil reais. Finalmente, em 11 de dezembro de 2022, foram feitos quatro depósitos fracionados totalizando 7 mil reais.

É importante destacar que esse método de operação é frequentemente utilizado para dificultar a detecção de atividades suspeitas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), com o objetivo de ocultar o montante total das transações.

Até o momento, nenhum dos envolvidos se manifestou sobre o assunto.

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Foto: Roque de Sá/Agência Senado