Após morte de senegalês por PM de SP, OEA é acionada contra Tarcísio
Vendedor ambulante levou um tiro na barriga durante operação de fiscalização de mercadoria no Brás, zona central de São Paulo

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 14/04/2025 às 17:01 | Atualizado em: 14/04/2025 às 17:01
Grupos do movimento negro pediram a Organização dos Estados Americanos (OEA) urgência na investigação contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e seu secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP).
O pedido de celeridade à Comissão Interamericana de Direitos Humanos é assinado por cerca de 70 entidades do movimento e da sociedade civil. Como informa o Poder360.
Segundo a publicação, os registros foram feitas à OEA em dezembro, devido aos atos de violência policial no Estado de São Paulo.
Contudo, o apelo por urgência nas investigações vem depois que o comerciante senegalês Ngange Mbaye, de 34 anos, foi morto no último dia 11 abril por um policial militar.
Dessa forma, o vendedor ambulante levou um tiro na barriga durante operação de fiscalização de mercadoria no Brás, zona central de São Paulo.
Assim, em nota, as entidades Povo Negro Vivo, Movimento Negro Unificado e Uneafro classificaram o episódio como um caso “bárbaro” de “extermínio” de informais e ambulantes que enfrentam a “criminalização” do próprio sustento.
Para os grupos, a morte de Ngange escancara mais um capítulo da violência policial que atinge desproporcionalmente imigrantes negros e trabalhadores informais.
Portanto, o pedido solicita que a OEA “avalie a adoção de medidas cautelares, com o objetivo de oferecer proteção à população negra e imigrante em São Paulo, diante da omissão e cumplicidade das autoridades estaduais”.
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Foto: divulgação/Governo do Estado de São Paulo