Ao prometer colaborar com a PF, Cid deixa prisão por ordem de Moraes
A PF apura a existência de uma organização criminosa que teria a finalidade de atentar contra o Estado Democrático de Direito.

Ednilson Maciel
Publicado em: 09/09/2023 às 16:26 | Atualizado em: 09/09/2023 às 16:26
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deixou hoje (9) a prisão após o ministro do STF Alexandre de Moraes conceder liberdade provisória ao militar.
Cid estava preso de no Batalhão do Exército de Brasília desde 3 de maio, quando foi alvo de uma operação da Polícia Federal.
De acordo com o G1, PF investiga a inserção de dados falsos de vacinação contr a covid-19, no sistema do Ministério da Saúde, de integrantes da família do ex-auxiliar e do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo a publicação, a decisão também homologou o acordo de colaboração feito pelo ex-ajudante de ordens com a Polícia Federal.
Ou seja, a delação refere-se ao inquérito das milícias digitais e a todas as investigações conexas, como a investigação sobre a venda de presentes oficiais recebidos pelo governo Bolsonaro.
Sobretudo, a delação de Cid foi firmada no âmbito do inquérito das milícias digitais.
Assim, na investigação, a PF apura a existência de uma organização criminosa que teria a finalidade de atentar contra o Estado Democrático de Direito.
Desde então, o militar também foi alvo de investigação por envolvimento na suposta venda irregular de presentes oficiais e joiasrecebidos durante o governo Bolsonaro.
Cid vinha se mantendo em silêncio diante das investigações, mas a estratégia da defesa mudou em agosto.
É que a defesa do militar disse que o cliente assumiria que vendeu, nos Estados Unidos, joias recebidas pelo ex-presidente. E que havia feito isso a mando de Bolsonaro.
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Foto: reprodução/Alan Santos/PR