Importar alimentos é plano do governo se preço continuar subindo

O governo federal está intensificando esforços para controlar o aumento dos preços dos alimentos, que foi um dos principais componentes da inflação acumulada de 2024, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 4,83%. O chefe da Casa Civil, Rui Costa, anunciou nesta sexta-feira (24/1) que a redução da alíquota de importação de alimentos mais baratos no mercado internacional é uma possibilidade concreta para enfrentar a situação.

Redução da alíquota de importação

O ministro Rui Costa explicou que, caso os preços de certos alimentos no mercado interno estejam acima do valor internacional, a alíquota de importação poderá ser reduzida. Essa medida visa pressionar os preços domésticos a se alinharem ao mercado global. Ele enfatizou que a decisão será tomada com base em análises detalhadas, garantindo agilidade na implementação.

Inflação e fatores que influenciaram o aumento

O grupo Alimentação e Bebidas foi o principal responsável pela inflação em 2024.

Os preços elevados resultaram de uma combinação de fatores:

Condições climáticas adversas: secas e chuvas excessivas prejudicaram a produção agrícola.

Altos custos de insumos: o aumento dos preços de combustíveis, energia e materiais para embalagens elevou os custos de produção e, consequentemente, os preços ao consumidor.

Ações do governo e expectativas para 2025

Rui Costa destacou que nenhuma medida “heterodoxa”, como congelamento ou tabelamento de preços, será adotada.

Ele descartou a possibilidade de criar redes estatais para comercializar alimentos e reforçou que não haverá fiscalização direta de preços em supermercados.

O governo aposta na supersafra prevista para 2025 como um fator determinante para a queda dos preços.

Segundo o ministro, espera-se um aumento geral de 8,2% na produção, com destaque para o arroz, que deve crescer 13%.

Reunião estratégica no Planalto

O presidente Lula reuniu os ministros da Casa Civil, Fazenda, Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Gestão e Inovação, além do presidente da Conab, para discutir soluções.

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O governo acredita que a combinação de ações pontuais, como ajustes nas alíquotas de importação e o aumento da oferta interna, será suficiente para aliviar os impactos da inflação sobre os alimentos.

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Foto: Ricardo Stuckert/PR