Aliado de Bolsonaro implica mais general Braga Netto no golpe na democracia
O novo depoimento de Mauro Cid reforçou a participação de Braga Netto na trama para impedir a posse do presidente Lula.

Adrissia Pinheiro
Publicado em: 06/12/2024 às 09:32 | Atualizado em: 06/12/2024 às 10:03
Nessa quinta-feira (5), o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, complicou ainda mais a situação do general Walter Braga Netto. Cid reforçou, em depoimento à PF, que o general participou das articulações golpistas para impedir a posse de Lula.
Essas declarações coincidem com as feitas ao ministro Alexandre de Moraes, em 21 de novembro. Além disso, questionaram pela primeira vez o tenente-coronel sobre o plano “Punhal Verde e Amarelo”. Segundo a PF, esse plano visava à execução de Lula, Alckmin e Moraes.
Os investigadores afirmam que o general Mario Fernandes redigiu o documento no Palácio do Planalto em novembro de 2022. Em seguida, ele teria levado o plano ao Palácio da Alvorada.
Em setembro, Cid firmou colaboração premiada e detalhou a atuação de Braga Netto nas articulações golpistas. Além disso, ele forneceu informações sobre a tentativa de golpe, fraudes e a venda de joias sauditas.
No mês passado, indiciaram o general por crimes como organização criminosa. Ele e Bolsonaro enfrentam acusações de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Agora, o caso está sob análise da Procuradoria-Geral da República.
Enquanto isso, a defesa de Mario Fernandes nega que o documento do plano tenha sido entregue a alguém.
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A matéria é da CNN. Leia na íntegra.
Foto: divulgação