Além de Bolsonaro, generais e dono do PL serão interrogados na PF dia 22

Braga Netto e Heleno estão envolvidos na trama de golpe de Estado

Mariane Veiga

Publicado em: 19/02/2024 às 22:44 | Atualizado em: 19/02/2024 às 23:18

A Polícia Federal (PF) intimou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais nove investigados a depor na próxima quinta-feira (22) na investigação sobre a tentativa de golpe em 2022.

Além do ex-capitão, terão de prestar esclarecimentos: Valdemar Costa Neto, presidente do PL; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; Mário Fernandes, ex-chefe-substituto da Secretaria-Geral da Presidência da República; Walter Braga Netto, candidato a vice de Bolsonaro em 2022; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Tércio Arnaud, ex-assessor de Bolsonaro; e Marcelo Câmara, coronel do Exército e ex-assessor de Bolsonaro.

A defesa de Bolsonaro já pediu ao Supremo Tribunal Federal o adiamento do depoimento do ex-presidente.

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Segundo os advogados, o ex-capitão “opta por não prestar depoimento ou fornecer declarações adicionais até que seja garantido o acesso à integralidade das mídias dos aparelhos celulares apreendidos, sem abrir mão, por óbvio, de ser ouvido em momento posterior e oportuno.”

A defesa sustenta que a Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF em 8 de fevereiro, ocorreu após uma decisão do ministro Alexandre de Moraes que “contém excertos de supostas conversas presentes nos celulares apreendidos ao longo de todo este procedimento investigatório, mídias às quais a defesa não teve acesso até hoje.”

Bolsonaro foi um dos alvos da operação, executada pela PF a fim de apurar uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Lula da Silva (PT).

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Foto: Alan Santos/Presidência da República