‘Ainda estou aqui’ leva Oscar como mensagem de resistência pela democracia
Longa de Walter Salles leva a estatueta como Melhor Filme Internacional

Adríssia Pinheiro, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 02/03/2025 às 23:06 | Atualizado em: 03/03/2025 às 00:01
O filme brasileiro “Ainda estou aqui”, dirigido por Walter Salles, conquistou o Oscar de Melhor Filme Internacional nesta noite de 2 de março de 2025.
É um marco histórico para o cinema brasileiro porque é a primeira vez que o país recebe um Oscar.
Ao triunfar, o filme superou “Emilia Pérez,” o musical que liderava as indicações deste ano, além de “A Semente do Fruto Sagrado” (Alemanha), “Flow” (Letônia) e “A Garota da Agulha” (Dinamarca).
Entre os nomeados, somente “Emilia Pérez” e “Flow” receberam reconhecimento em outras premiações, mas publicações internacionais como Variety e The Hollywood Reporter previam a vitória de “Ainda Estou Aqui” nessa categoria.
O longa também concorria na categoria de Melhor Filme.
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A resistência
“Ainda estou aqui” narra a história de Eunice Paiva, esposa do ex-deputado Rubens Paiva, que foi sequestrado durante a ditadura militar em 1971.
Seu corpo nunca foi encontrado.
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Melhor Atriz
Além do sucesso do filme, a noite também foi de expectativa para Fernanda Torres, que concorria ao prêmio de Melhor Atriz por sua atuação no longa. Ela já havia conquistado o Globo de Ouro e o Satellite Awards.
A atriz disputava a estatueta com Demi Moore (A Substância), Mikey Madison (Anora), Karla Sofía (Emília Pérez) e Cynthia Érico (Wicked).
Mikey Madison foi quem levou o prêmio.
Foto: divulgação