Advogada de Flávio ao ver Bolsonaro com Ramagem e general: ‘Fiquei em choque’

Juliana Bierrenbach contou que a reunião para tratar do caso ocorreu no gabinete presidencial no Planalto

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Ferreira Gabriel

Publicado em: 17/07/2024 às 09:29 | Atualizado em: 17/07/2024 às 09:29

A advogada Juliana Bierrenbach, que defendia o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), disse que ficou “em choque” ao entrar na sala e se deparar com o então presidente Jair Bolsonaro (PL) em reunião para tratar do caso. Na época ela atuava em favor do parlamentar na investigação sobre suspeita de rachadinha enquanto era deputado no RJ.

“Eu não tinha a menor ideia [de que ele estaria presente] e fiquei em choque ao ver o presidente.”

A reunião, que ocorreu em 25 de agosto de 2020, contou com a presença do ex-chefe da Abin Alexandre Ramagem e com o general Augusto Heleno, à época ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O senador não estava presente na reunião. A defensora deixou o caso em abril de 2022.

Após alguns minutos dentro da sala com Bolsonaro, Ramagem e Heleno, a advogada conta que entendeu que precisava atuar profissionalmente e começou a explicar aos presentes qual tinha sido o resultado de sua investigação. “Falamos de uma possibilidade de o Flávio ter sido alvo de um esquema dentro da Receita Federal.”

Antes de entrar na reunião, Juliana conta que ela e a colega que também participou, tiveram que deixar o seu celular na entrada da sala, o que “impediria qualquer tipo de gravação”. Ainda, ela contou que não sabia que o encontro estava sendo gravado.

Juliana Bierrenbach disse que “não fazia ideia” do que Alexandre Ramagem estava fazendo na reunião e que o viu pela primeira vez na ocasião. Além disso, afirmou que o ex-cfefe da Abin “jamais orientou nada”.

“Não fazia ideia do que ele estava fazendo lá [na reunião]. Nunca tinha tido contato com ele. Foi a primeira vez que vi o Ramagem. Ele jamais orientou nada. Não havia nenhuma orientação do Ramagem. É um equívoco dizer que ele tivesse feito alguma investigação”, disse Juliana.

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Foto: pedro frança-agência senado