Advocacia Geral da União defende isenção de parlamentares no STF

Publicado em: 09/10/2017 às 15:07 | Atualizado em: 09/10/2017 às 15:07
A advogada-geral da União, Grace Mendonça (foto), encaminhou na última sexta-feira (6) parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF), segundo o qual a corte não pode determinar a aplicação contra parlamentares de medidas cautelares diversas da prisão preventiva.
O parecer, elaborado por três advogados da União e chancelado por Grace, foi entregue dentro da Ação Direta de Inconstitucionalidade em que o STF deve dar um entendimento final sobre o assunto.
O julgamento está marcado para esta quarta-feira (11).
Na peça, a AGU argumenta que se o artigo 53 da Constituição veta expressamente a prisão preventiva de parlamentares – salvo os casos de flagrante de crime inafiançável –, não se poderia aplicar as medidas cautelares, previstas no Código de Processo Penal, como alternativas à prisão, uma vez que esta não é cabível desde o princípio.
A ADI sobre o assunto foi pautada para ser julgada esta semana pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, após o Senado ter ameaçado rever o afastamento de Aécio Neves (PSDB-MG) de seu mandato parlamentar, medida determinada no último dia 26 de setembro pela Primeira Turma da Corte.
Na ação, os partidos Progressista (PP) e Social Cristão (PSC) e Solidariedade (SD) pedem que seja submetida em 24 horas ao Congresso Nacional qualquer medida cautelar prevista Código de Processo Penal (CPP) que o STF queira impor contra qualquer parlamentar.
Fonte: Agência Brasil
Foto: CGU