Acusado de golpe em Dilma, Temer minimiza plano golpista de Bolsonaro
“Golpe para valer você só tem quando as Forças Armadas estão dispostas a fazer”.

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 26/11/2024 às 11:34 | Atualizado em: 26/11/2024 às 11:34
Acusado de golpista contra o governo da ex-presidente Dilma Roussef, o ex-presidente Michel Temer agora compara o plano golpista de Bolsonaro com as manifestações contra a reforma da Previdência.
É que para Temer, os atos golpistas de 8 de janeiro foram como os organizados por centrais sindicais durante seu governo. Como informa a Folha de S.Paulo.
A fala do ex-presidente, foi ontem (25) durante evento organizado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), em São Paulo.
“Invadiram prédios agora em 8 de janeiro. Mas vocês se lembram que no meu governo, quando nós cuidávamos da reforma da Previdência, as centrais sindicais mandaram 1.600 ônibus lá, que incendiaram ministérios, tentaram invadir o Congresso, viraram carros, queimaram carros”, disse.
Além disso, em entrevista a jornalistas após o painel, Temer foi questionado sobre o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A imprensa também questionou sobre as revelações de planos para matar o presidente Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes..
Dessa forma, o ex-presidente reafirmou não ver riscos para a democracia.
“Embora haja tentativas, o fato é que não vão adiante. Não vão adiante porque não há clima no país. E, convenhamos, golpe para valer, você só tem quando as Forças Armadas estão dispostas a fazer”, afirmou.
Assim sendo, sobre a participação de militares no plano, Temer minimizou e disse que foram “alguns militares”.
“Não foi a instituição como um todo. Seja Exército, Marinha, Aeronáutica, não participaram disso como instituição. Participaram figuras”, acrescentou.
Leia mais em Folha de S.Paulo.
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Foto: Wilson Dias/Agência Brasil