‘Acordão’ bacana para J&F põe subprocurador na mira do MPF
Subprocurador da República reduziu valor que irmãos Batistas devem ao país em acordo de leniência na Lava Jato.

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 25/03/2025 às 11:02 | Atualizado em: 25/03/2025 às 11:03
O subprocurador da República, Ronaldo Albo, está na mira do Ministério Público Federal (MPF) pelo acordo de leniência da J&F, holding dos irmãos Batista.
Segundo o Diário do Poder, trata-se de uma espécie de delação premiada para empresas, envolveu diversas operações da Polícia Federal e do MPF.
Dessa forma, comprometeu a J&F a ressarcir R$ 10,3 bilhões às instituições lesadas, como a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Por conseguinte, o MPF abriu um inquérito após Albo aceitar o pedido de revisão do valor do acordo, feito pela J&F, que alegava erro no cálculo da reparação por seu envolvimento em casos de corrupção.
Nesse sentido, a empresa solicitou a redução de R$ 3 bilhões no valor a ser pago. O processo está sob sigilo e investiga a legalidade da decisão de Albo.
Para o MPF, Albo não teria competência para revisar o acordo, já que essa decisão já havia sido tomada pelo Conselho Institucional do MPF.

Reprodução/MPF
Ao mesmo tempo, o Ministério Público questiona que Albo conduziu a revisão sem consultar as partes envolvidas, como o BNDES, Caixa Econômica, e os fundos de pensão Funcef e Petros, que recebem parte dos recursos do acordo.
Assim sendo, MPF argumenta que a repactuação deveria ser feita apenas pelo procurador responsável pelo caso, e não pela 5ª Câmara de Coordenação e Revisão (CCR), liderada por Albo.
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Foto: divulgação