8 de Janeiro: brasileiro não duvida da participação de Bolsonaro, diz Quaest

Segundo a pesquisa, 86% dos brasileiros desaprovam as invasões

8 de Janeiro: brasileiro não duvida da participação de Bolsonaro, diz Quaest

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 06/01/2025 às 10:29 | Atualizado em: 06/01/2025 às 10:37

Conforme a pesquisa Quaest, 50% dos brasileiros entrevistados não duvidam da participação do ex-presidente Jair Bolsonaro nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, às sedes dos Três Poderes.

Ao mesmo tempo, os dados divulgados hoje (6) mostram que 86% dos brasileiros desaprovam as invasões e 7% aprovam. Outros 7% não sabem ou não responderam. Como informa o g1.

Dessa forma, a reprovação aos atos golpistas oscilou três pontos percentuais em relação à pesquisa anterior divulgada em dezembro de 2023 (eram 89%).

Sobretudo, o levantamento foi encomendado pela Genial Investimentos.

Nesse sentido, entre os dias 4 e 9 de dezembro, o instituto entrevistou 8.598 pessoas.

Assim, a margem de erro é de 1 ponto percentual, para mais ou para menos.

“A rejeição aos atos do 8/1 mostra a resistência da democracia brasileira e a responsabilidade da elite política brasileira. Diante de tanta polarização, é de se celebrar que o país não tenha caído na armadilha da politização da violência institucional”, aponta Felipe Nunes, diretor da Quaest.

Veja os números:

  • Aprova: 7% (eram 6% em dezembro de 2023);
  • Desaprova: 86% (eram 89%);
  • Não sabe/não respondeu: 7% (eram 4%).

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Eleitores de Bolsonaro e Lula

Além disso, segundo a pesquisa, entre eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), 85% desaprovam a invasão aos Três Poderes.

Ou seja, o mesmo percentual registrado no levantamento divulgado em dezembro de 2023.

Já para os eleitores do presidente Lula da Silva (PT), 88% dos entrevistados reprovam os atos (eram 94%).

Ao longo do tempo, os eleitores moderados de Lula, que enxergam algum exagero nas acusações que Bolsonaro vem sofrendo tendem a relativizar suas posições. Ao mesmo tempo, os eleitores moderados de Bolsonaro, que enxergaram como graves as acusações contra o ex-presidente tendem a ficar mais severos na avaliação sobre seus atos, para não se sentirem cúmplices de algo que acreditam ser errado”, analisa Felipe Nunes, diretor da Quaest.

Então, questionados se Bolsonaro teve algum tipo de influência na organização do 8 de Janeiro, 50% dos entrevistados responderam que sim (eram 47%), enquanto 39% afirmam que não (eram 43%). Outros 11% não sabem ou não responderam.

“Vale destacar a mudança na tendência do ano passado pra cá. Entre 23 e 24, parecia que haveria uma relativização da participação do ex-presidente na organização dos atos. Mas essa tendência não se confirmou, sugerindo mudança significativa na percepção sobre o que aconteceu”, ressalta o diretor da Quaest, Felipe Nunes.

Leia mais no g1.

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