Narcosubmarino não tripulado com internet Starlink é apreendido
Colômbia intercepta narcosubmarino não tripulado com tecnologia Starlink em operação inédita.

Social Midia
Publicado em: 05/07/2025 às 13:03 | Atualizado em: 05/07/2025 às 13:05
A Marinha da Colômbia interceptou, pela primeira vez, um narcosubmarino não tripulado equipado com tecnologia de última geração: uma antena do serviço de internet Starlink, do empresário Elon Musk. A apreensão, feita nas águas do Caribe na quarta-feira (02/7, revela uma nova etapa na sofisticação das operações do narcotráfico internacional.
A embarcação, que navegava próximo à superfície, foi registrada em imagens divulgadas pelas Forças Armadas colombianas com o equipamento da Starlink acoplado na parte frontal.
O acesso à internet via satélite garante comunicação em tempo real e amplia a autonomia operacional, dificultando o rastreamento e a interceptação por forças de segurança.
De acordo com o almirante Juan Ricardo Rozo, comandante da Marinha, o modelo representa uma evolução do narcotráfico para veículos autônomos com maior capacidade de evasão.
O submarino apreendido estava em fase de testes e ainda não transportava drogas, mas tinha capacidade para carregar até 1,5 tonelada de cocaína.
Logística do crime em nova fase
O uso de submarinos no tráfico de drogas não é novidade, mas a ausência de tripulação e a incorporação de sistemas de conectividade avançados marcam uma mudança drástica na dinâmica dessas operações. Veículos semissubmersíveis, leves e silenciosos, já são conhecidos por sua eficiência em rotas que ligam a América do Sul aos Estados Unidos e à Europa. Agora, com a tecnologia embarcada, tornam-se ainda mais difíceis de detectar.
Mesmo com leis rígidas — na Colômbia, a construção ou uso dessas embarcações pode render até 14 anos de prisão —, o narcotráfico segue inovando.
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O país continua sendo o principal produtor global de cocaína, abrigando mais de dois terços das plantações de folha de coca do mundo, segundo a ONU.
A descoberta do narcosubmarino não tripulado escancara um novo desafio: o combate ao crime organizado que, cada vez mais, opera com as ferramentas e a sofisticação dignas de exércitos e empresas de alta tecnologia.
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