Linguagem dos ianomâmis é tema de congresso internacional

Publicado em: 01/10/2019 às 17:00 | Atualizado em: 01/10/2019 às 17:05
Expressões idiomáticas indígenas como a do povo ianomâmi serão tema do II Congresso Internacional sobre Línguas Indígenas e Minorizadas (Cirlin), que começa hoje, dia 1º, e vai até o próximo domingo, na Universidade de Brasília (UnB).
O evento tem reconhecimento da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e reunirá representantes de 29 instituições de ensino e pesquisa.
Foram confirmados 200 participantes externos à comunidade da UnB, dos quais 80, aproximadamente, são estrangeiros, oriundos de países como Chile, Bolívia, Nicarágua, Peru, Canadá, Nova Zelândia, Estados Unidos e Espanha.
Por sugestão ONU, celebra-se, em 2019, o Ano Internacional das Línguas Indígenas. A data ganhou um site alusivo, que explica por que a preservação desses idiomas é importante para a história e o patrimônio cultural de diversos povos.
Um levantamento da ONU indica que, atualmente, existem cerca de 6 a 7 mil línguas no mundo, sendo que 97% da população mundial fala somente 4% delas. Ou seja, um grupo pequeno de pessoas, que totaliza 3% da população global e é, majoritariamente, indígena, mantém vivos 96% de todas as línguas existentes.
A professora Ana Suelly Cabral, que organiza o II Cirlin, diz que a interferência (português) de outro idioma dentro das tribos “aumenta o risco de desaparecimento de algumas línguas autóctones”.
Fonte: Agência Brasil
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