IOF: após vazamento, Fazenda recua de aumento da alíquota 

A reação negativa do mercado levou o governo a manter as regras já utilizadas nas operações financeiras.

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Adrissia Pinheiro

Publicado em: 23/05/2025 às 09:17 | Atualizado em: 23/05/2025 às 09:26

O governo federal publicou, nesta quinta-feira (22), um decreto aumentando e unificando várias alíquotas do IOF, o Imposto sobre Operações Financeiras. No entanto, horas depois, diante da forte reação negativa do mercado financeiro, parte da medida foi cancelada.

O Ministério da Fazenda anunciou a reversão em postagens na rede social X, no fim da noite de ontem. Segundo a pasta, a decisão surgiu “após diálogo e avaliação técnica” e buscou ajustar o decreto com equilíbrio.

O que mudou com a revisão

Inicialmente, o governo planejava aumentar o IOF sobre diversas operações financeiras. Com essa medida, esperava arrecadar R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026.

Porém, dois pontos específicos do decreto provocaram reação imediata:

  • • Investimentos de fundos brasileiros no exterior, que deixariam de ser isentos de IOF;
  • • Remessas de pessoas físicas para investimentos fora do país, cuja alíquota subiria de 1,1% para 15%.

Diante das críticas, o governo decidiu manter a isenção para os fundos e preservar a alíquota de 1,1% para pessoas físicas. Além disso, um novo trecho no decreto esclarecerá essa manutenção.

A mudança ocorreu após uma reunião de emergência no Palácio do Planalto. Enquanto isso, no mercado financeiro, o dólar chegou a cair para R$ 5,59 durante o dia, mas subiu para R$ 5,66 após o vazamento da notícia sobre o aumento do IOF.

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Foto: José Cruz/Agência Brasil