Depois da fuga, PGR pede prisão preventiva de Zambelli

Deputada bolsonarista planeja chegar à Itália e assim usar cidadania europeia para não ser extraditada

Zambelli puxa 'Trump vive' em novo ato esvaziado de Bolsonaro, agora em SP

Mariane Veiga

Publicado em: 03/06/2025 às 21:14 | Atualizado em: 03/06/2025 às 21:21

A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou nesta terça-feira (3) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), além da inclusão de seu nome na lista de difusão vermelha da Interpol.

A medida ocorre após a parlamentar anunciar que deixou o Brasil, dias após ser condenada a 10 anos de prisão pela Corte.

Zambelli foi condenada pela Primeira Turma do STF por envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em janeiro de 2023.

Segundo a denúncia, ela foi a mandante do ataque cibernético, executado pelo hacker Walter Delgatti Neto, que confessou ter recebido instruções e pagamentos da deputada.

A sentença também prevê a perda do mandato, mas isso depende de decisão da Câmara dos Deputados. Até o momento, Zambelli continua com status de parlamentar em exercício.

Em vídeo publicado no YouTube, Zambelli afirmou estar na Europa, alegando motivos médicos e prometendo “denunciar uma ditadura” brasileira em instituições internacionais.

A parlamentar afirmou ainda ter cidadania europeia e vai pedir afastamento do cargo.

A PGR também pediu a suspensão do passaporte dela e o bloqueio de seus bens para garantir eventual ressarcimento ao erário.

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Foto: Lula Marques/Agência Brasil