Democracia respira na Europa com vitórias na Polônia e Romênia
Derrotas da extrema-direita fortalecem a coesão da União Europeia.

Adrissia Pinheiro
Publicado em: 19/05/2025 às 10:10 | Atualizado em: 19/05/2025 às 10:11
As urnas do último domingo (18) deram novo fôlego à democracia no Leste Europeu. Polônia e Romênia, países-chave da região, rejeitaram projetos autoritários e sinalizaram apoio à União Europeia.
Na Romênia, o matemático e prefeito de Bucareste, Nicusor Dan, venceu o segundo turno com cerca de 54% dos votos.
Ele derrotou o nacionalista George Simion, que contesta o resultado e ameaça protestos.
A eleição, considerada a mais importante desde o fim do comunismo, teve alta participação popular, incluindo a diáspora de seis milhões de romenos.
Dan concorreu como independente, com apoio de uma frente ampla centrista. Fundador do União Salve a Romênia (USR), é pró-Europa, defensor da OTAN e da continuidade do apoio à Ucrânia.
Disse que a disputa era entre uma Romênia “democrática e respeitada” ou um “caminho perigoso de isolamento e populismo”.
Simion, que admira Trump e exalta o ditador Ceausescu, alegou fraude sem apresentar provas.
Polônia decide segundo turno em 1° de junho
Na Polônia, o centrista Rafal Trzaskowski, prefeito de Varsóvia, ficou em primeiro no primeiro turno e enfrentará o nacionalista Karol Nawrocki no dia 1° de junho.
A eleição presidencial é vista como crucial para consolidar os avanços democráticos do governo Donald Tusk, no poder desde 2023.
Trzaskowski promete defender a integração europeia, liberalizar o aborto, proteger os direitos LGBTQIA+ e investir em defesa.
Já Nawrocki, apoiado pelo partido ultraconservador Lei e Justiça (PiS), faz campanha com o slogan “Polônia primeiro, poloneses primeiro”, atacando a presença de refugiados ucranianos.
Leia na íntegra no Instituto Humanitas.
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Foto: divulgação