ZFM: Aziz anuncia luta por salário compatível com lucro da indústria
Senador critica disparidade entre lucros de multinacionais e baixos salários no polo industrial de Manaus.

Adríssia Pinheiro, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 30/04/2025 às 05:24 | Atualizado em: 30/04/2025 às 05:24
Senador do PSD e pré-candidato a governador do Amazonas, Omar Aziz, ao mesmo tempo em que defende ferrenhamente a Zona Franca de Manaus (ZFM) e seu modelo tributário como essencial para a economia do estado e da região Norte, também cobra contrapartida das empresas do polo industrial.
Uma dessas cobranças Aziz fez neste dia 29 de abril em prol dos trabalhadores, que é a melhoria salarial, compatível com o elevado nível de faturamento das empresas.
Em entrevista exclusiva ao G6, grupo de sites do Amazonas, o senador criticou empresas, sobretudo as gigantes multinacionais, por não investirem parte de seus lucros no estado.
“O único legado que essas empresas nos deixam é o salário dos trabalhadores. Nenhuma investe em outra área. Zero”.
Conforme Aziz, a média salarial do trabalhador do distrito industrial da ZFM é incompatível com o faturamento anual das empresas.
“O salário do trabalhador versus o lucro [das empresas] é muito abaixo do que a gente pretende”.
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Mais que luta sindical
Diante desse cenário, que considerou ruim para o trabalhador, Aziz anunciou uma campanha por melhores rendimentos, que não será apenas uma “luta sindical”, mas uma mobilização política.
“É uma luta em prol daqueles que deixam o dinheiro aqui e fazem as compras”, disse, referindo-se ao impacto econômico dos trabalhadores no comércio da região.
História de luta
Aziz também relembrou a atuação para prorrogar a ZFM por 50 anos (até 2073), além dos movimentos em 2014, durante o governo Dilma Rousseff.
“A Dilma prorrogou a zona franca quando foi para 50 anos. Esse governo garantiu a competitividade da ZFM. Não admitir isso é birra.”
O senador ainda mencionou o apoio do presidente Lula da Silva à ZFM e ao Amazonas, que, em uma reunião, teria dito:
“Haddad, eu não quero que você dê um centímetro a mais para a zona franca, mas não admito que tirem um milímetro dela.”
Dessa forma, Aziz vê a ZFM como indispensável, “mas é preciso garantir que os trabalhadores tenham salários justos e que o estado receba mais contrapartidas das empresas”, disse, em síntese.
Foto: divulgação