Valério mantém ataque a Marina e reforça discurso misógino
Senador do Amazonas ignora críticas e volta a atacar ministra com declarações consideradas ofensivas por parlamentares e entidades civis.

Ednilson Maciel,
Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 30/05/2025 às 11:39 | Atualizado em: 30/05/2025 às 11:39
Apesar das reações negativas em todo o país, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) não apenas recusou-se a se desculpar com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, como ainda voltou a reforçar seu discurso ofensivo e misógino do dia 27 de maio.
Após o embate ocorrido durante audiência no Senado, o parlamentar publicou declarações nas redes sociais reafirmando sua postura.
“Mulher é dever respeitar sempre. Foi o que eu disse à ministra Marina Silva e ela não me deixou continuar. Ministro, governador, senador, posso respeitar ou não. E a do Meio Ambiente não tenho como respeitar, porque ela nos desrespeita, impedindo que sejamos brasileiros de fato e direito”.
A fala é uma tentativa de justificar a frase dita durante a audiência da Comissão de Infraestrutura, quando afirmou que “a mulher merece respeito, a ministra não”.
A ministra deixou a sessão após exigir um pedido de desculpas e ser ignorada por Valério.
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Reincidente
Esse não foi o primeiro episódio protagonizado por Valério contra a ministra, que também é oriunda da região Norte.
Em março deste ano, durante evento no Amazonas, o senador declarou que “tolerar a Marina seis horas e dez minutos sem enforcá-la” foi um grande esforço.
Essa forte declaração está sob análise da comissão de ética do Senado por quebra de decoro parlamentar.
A conduta do senador tem gerado forte reação entre senadores, deputadas e entidades da sociedade civil.
Muitas classificam suas declarações como machistas, misóginas e incompatíveis com o decoro parlamentar.
Mesmo diante desse cenário, Valério insiste em manter o tom agressivo e o desrespeito à ministra, que representa uma das figuras mais reconhecidas na pauta ambiental brasileira e internacional.
Enquanto o país acompanha com indignação os desdobramentos do caso, o senador segue alheio ao impacto de suas falas, transformando divergência política em ataque pessoal e institucional contra uma mulher em exercício legítimo de função pública.
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Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado