Tudo tranquilo na ALE-AM, pero no mucho
Deputados estão convencidos que decisão do STF que derrubou a reeleição do presidente da ALE-BA não alcança a ALE-AM

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 13/02/2025 às 08:01 | Atualizado em: 13/02/2025 às 08:31
A decisão do ministro do STF Gilmar Mendes de afastar o deputado Adolfo Menezes (PSD-BA) da presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (ALE-BA) deixou parlamentares do Amazonas em estado de vigília.
Aparentemente, eles expressam clima de tranquilidade.

Tecnicamente
Por exemplo, os deputados se convenceram que juridicamente a decisão de Gilmar não alcança o Amazonas.
Além disso, se convenceram também que qualquer investida contra a segunda reeleição de Roberto Cidade (União) não prosperará.
Qual a razão dessa segurança? É que o STF decidiu que nenhuma eleição antes do dia 7 de janeiro de 2021 conta para fins de inelegibilidade. Roberto Cidade se elegeu em dezembro de 2020.
Ou seja: a terceira eleição do presidente se sustenta, tecnicamente.
Politicamente
Mas há deputados cautelosos com essa tranquilidade. Esses acham que o Supremo poderá agir politicamente, ante à pressão da sociedade. Nesse caso, eles até já conjecturam o que poderia acontecer.
Ainda que não haja sinais disso, os deputados acham que, se Roberto Cidade for afastado, ele teria muita influência para escolher o sucessor.
Assim sendo, ele agiria em sintonia com o governador Wilson Lima, que tem ampla maioria na casa.
Essa ação deles, conjeturam os deputados nos bastidores, seria um dos cuidados para deixar David Almeida (Avante) crescer na ALE-AM.
Hoje, Almeida tem dois fieis aliados na Casa: seu irmão Daniel Almeida e Abdala Fraxe, do seu núcleo de poder.
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Foto: Herick Pereira/ALEAM