Trump corta recursos de agência da ONU que atua no Amazonas

O presidente americano deu ordens, na última segunda-feira (20), para a paralisação imediata

Trump corta recursos de agência da ONU que atua no Amazonas

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 27/01/2025 às 12:46 | Atualizado em: 27/01/2025 às 12:55

O presidente Donald Trump cortou por 90 dias o repasse de fundos americanos destinados à ajuda humanitária a uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) que auxilia migrantes em Manaus.

Com isso, portanto os serviços disponibilizados pela entidade para imigrantes venezuelanos, no Amazonas e em outros quatro estados da região Norte, estão paralisados. A informação é do g1.

De acordo com a entidade, o presidente americano deu ordens, na última segunda-feira (20) para a paralisação imediata da utilização de fundos assistenciais humanitária.

Principalmente do Bureau de População de Refugiados e Migração (PRM) e da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). Assim como de pausar novos apoios, conforme um memorando interno enviado a oficiais e embaixadas dos EUA no exterior.

Segundo o g1, os profissionais que atuavam no escritório localizado no Pronto Atendimento ao Cidadão (PAC) da Compensa, na Zona Oeste de Manaus, foram dispensados. No local, centenas de pessoas procuram serviços de acolhida diariamente.

Conforme a Organização Internacional para as Migrações (OIM), com a paralisação de 90 dias, é estimado que milhares de imigrantes ficarão sem acesso a regularização migratória para a residência temporária no Brasil, o que significa que não terão acesso a serviços de saúde e alimentação.

Ainda de acordo com a publicação, a entidade, inclusive, é parceira do Governo Brasileiro na Operação Acolhida e, desde 2018, ajuda na regularização da migração e fornecimento de assistência humanitária a migrantes venezuelanos que entram no país pelo estado de Roraima.

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Com o corte de verbas, diversos serviços serão afetados, como:

  • Regularização Migratória e Assistência Humanitária;
  • Proteção e Saúde;
  • Interiorização e Movimentos Humanitários;
  • Combate ao Tráfico de Pessoas e Contrabando de Migrantes; e
  • Apoio Técnico e Assessoria na temática migratória e desenvolvimento de políticas e planos de integração.

“Atualmente, 60% dos recursos da OIM no Brasil são provenientes dos Estados Unidos. A suspensão parcial das atividades da OIM no Brasil representa um desafio significativo para o gerenciamento da crise humanitária envolvendo migrantes e refugiados. Nossa infraestrutura e operações ficam muito comprometidas com a redução de capacidades e recursos em centros de acolhimento e atendimento. Teremos impacto direto na manutenção, no custeio e no funcionamento de estruturas físicas e recursos humanos da OIM no Brasil”, destacou a agência.

Assim por meio de nota, a OIM sediada em Manaus informou que buscará seguir trabalhando em estreito diálogo e colaboração com o Governo Federal e governos locais, dentro de sua capacidades.

“Manteremos todos os esforços possíveis para seguir nossa missão de proteger as pessoas em movimento e promover uma migração humanizada ordenada e digna, que beneficie tanto os migrantes quanto a sociedade de acolhida” disse a entidade.

disse a entidade.

Leia mais no g1.

Foto: divulgação/OIM

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