Toffoli rechaça, em nome da lei, a ditadura, fascismo e comunismo

Publicado em: 04/10/2018 às 17:31 | Atualizado em: 04/10/2018 às 17:31
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, rechaçou hipótese de o Brasil voltar a conviver com ditadura, fascismo, nazismo, comunismo, racismo e discriminação.
Ele discursou, nesta quinta-feira (4), durante sessão especial do tribunal comemorativa dos 30 anos da Constituição Federal (foto).
Toffoli parafraseou o jurista José Gomes Canotilho, segundo o qual “é função primária de uma Constituição cidadã fazer ecoar os gritos do nunca mais”, conforme publicou o G1.
“Nunca mais, nunca mais a escravatura, nunca mais a ditadura, nunca mais o fascismo e o nazismo, nunca mais o comunismo, nunca mais o racismo, nunca mais a discriminação”, afirmou.
Para Toffoli, nenhum outro ator institucional é mais “efetivo” que o próprio cidadão, “aquele que se destina ao fim e ao cabo essa Constituição”.
“É essa percepção que deve conduzir seu intérprete na constante evolução de sua aplicação, de modo a assegurar que as conquistas até aqui obtidas sempre vigorem, não admitindo involuções, especialmente quanto à democracia estabelecida, à cidadania conquistada e à pluralidade até aqui construída”.
Segundo o presidente do STF, a Constituição de 1988 garantiu ao Judiciário autonomia e independência.
“Não fosse por isso, o Judiciário e esta Corte Suprema não disporiam dos instrumentos para promover e manter a paz na sociedade brasileira, quer entre as pessoas, quer entre as instituições”.
“Os desafios existem e sempre existirão, como disse em meu discurso de posse nesta corte, o jogo democrático traz incertezas, a grandeza de uma nação é exatamente se inserir neste jogo democrático e ter a coragem de viver a democracia”, concluiu.
Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF