Tarifaço Trump: oportunidade de negócios à ZFM já aparece
Celular chinês Vivo, fabricado em Manaus, tem previsão de chegada ao mercado. Outras três empresas do setor são esperadas no AM

Neuton Correa, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 08/04/2025 às 07:53 | Atualizado em: 08/04/2025 às 07:53
O primeiro sinal de oportunidade de negócios da Zona Franca de Manaus com a China, efeito imediato do tarifaço que o presidente dos EUA, Donald Trump, aplicou aos produtos chineses, já aparece.
A possibilidade do Amazonas faturar com a guerra comercial foi vista pelo governador Wilson Lima (União). A hipótese foi levantada por ele um dia após Trump deflagrar a guerra.
Leia mais
Tarifaço de Trump vira oportunidade de negócios à indústria da ZFM
Celulares
O sinal chega no segmento de smartphone.
Após embate com a telefônica Vivo pelo uso da marca no Brasil, a Vivo da China, de fabricação de smartphones, está pronta para colocar seus primeiros aparelhos no mercado nacional.
A previsão da chinesa é que os aparelhos estejam nas mãos dos brasileiros ainda neste primeiro trimestre.
O anúncio foi feito pela marca nesta segunda-feira, 7.
Mas a Vivo chinesa não vai entrar no Brasil que este nome. Ela entra como Jovi. Sua ênfase será em fotografia, design e produção local.
Zona Franca de Manaus no contexto
O anúncio da Vivo virou festa no Amazonas. É que a entrada da marca significa o fortalecimento do setor, que já teve a Nokia no início dos anos 2000, até então, maior fabricante global de celulares.
E mais: a ZFM espera outras três empresas chinesas que chegaram ao Brasil. Elas já aparecem em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, mas como mercadoria de importação.
Efeito tarifaço de Trump
Com o tarifaço de Donald Trump, há forte expectativa de que essas empresas, ao invés de importar, possam fabricar em Manaus.
Na avaliação do presidente da Eletros, Jorge Nascimento Júnior, a ZFM, hoje, possui importantes atrativos.
Ele cita a qualidade da mão de obra, a segurança jurídica e os incentivos fiscais do modelo.
Jorge também acha que a guerra econômica EUA X China pode ajudar a acelerar esse ajuste na produção global de celulares.
Foto: divulgação