Tacla Duran pode confirmar propina a ligado a Moro para não ser preso
Advogado depõe hoje sobre acordo de US$ 5 milhões na época que Moro prendia e soltava na Lava Jato.

Ednilson Maciel
Publicado em: 27/03/2023 às 14:52 | Atualizado em: 27/03/2023 às 14:52
O advogado Rodrigo Tacla Duran poderá confirmar em depoimento ao juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba propina a um advogado ligado ao ex-juiz Sergio Moro para não ser preso.
Assim, ao juiz, Tacla Duran deve apresentar comprovante de que pagou US$ 613 mil a um advogado ligado ao ex-juiz Sergio Moro para não ser preso. Como informa o site Conjur.
Sobretudo, Tacla Duran, que foi advogado da Odebrecht, foi preso preventivamente na “lava jato”, em 2016.
A princípio, seis meses antes, ele tinha sido procurado pelo advogado Carlos Zucolotto Júnior, que era sócio de Rosângela Moro, mulher do ex-juiz.
Como resultado, em conversa pelo aplicativo Wickr Me, Zucolotto ofereceu acordo de colaboração premiada.
Ou seja, que seria fechado com a concordância de “DD” (iniciais do ex-procurador da República Deltan Dallagnol).
Então, em troca, queria US$ 5 milhões de dólares. Zucolotto disse que os pagamentos deveriam ser feitos “por fora”.
Um dia depois, seu advogado no caso recebeu uma minuta do acordo em papel timbrado do Ministério Público Federal, com o nome dos procuradores envolvidos e as condições negociadas com Zucolotto.
Em 14 de julho de 2016, Tacla Duran fez transferência bancária para o escritório do advogado Marlus Arns, no valor de US$ 613 mil, o equivalente hoje a R$ 3,2 milhões.
Desse modo, a transferência era a primeira parcela do pagamento pela delação. “Paguei para não ser preso”, disse Tacla Durán em entrevista a Jamil Chade, do UOL.
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Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado