STF pode mandar prender Bolsonaro. Pedido já foi feito

Foi solicitado também a quebra de sigilo telefônico e telemático e busca e apreensão de provas

Bolsonaro: “Isso não é comício”, diz em SC ao expulsar políticos de palanque

Ferreira Gabriel

Publicado em: 02/01/2023 às 11:20 | Atualizado em: 02/01/2023 às 11:20

A bancada do PSol protocolou nesta segunda-feira (2), no Supremo Tribunal Federal (STF), petição em que pede a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

No documento, o partido defende que o pedido de prisão é legal pois, na condição de ex-presidente, além de perder a prerrogativa de foro, Bolsonaro também perde a chamada imunidade penal temporária.

É solicitada anexação ao inquérito dos atos antidemocráticos fatos ocorridos em dezembro em Brasília e os bloqueios em estradas do país.

O PSol pede também a quebra de sigilo telefônico e telemático e busca e apreensão de provas “para evitar qualquer tipo de destruição ou ocultamento”.

“Jair Bolsonaro precisa ser responsabilizado. Ele precisa ser responsabilizado pelo mal que fez ao Brasil. Agora é preciso que o principal líder, que não é mais presidente da República, também seja enquadrado”, disse a líder da bancada, deputada Sâmia Bomfim (SP).

A petição é assinada por toda a bancada atual do PSol e pelos deputados federais que tomam posse em fevereiro — Áurea Carolina, Célia Xacriabá, Chico Alencar, Érika Hilton, Fernanda Melchionna, Glauber Braga, Guilherme Boulos, Ivan Valente, Luciene Cavalcante, Luiza Erundina, Pastor Henrique Vieira, Sâmia Bomfim, Talíria Petrone, Tarcísio Motta e Vivi Reis — além do presidente nacional do PSol, Juliano Medeiros.

“Bolsonaro cometeu crimes em série durante seu governo. Chamá-lo de genocida não é exagero. Infelizmente as instituições não agiram a tempo e tivemos de esperar até as eleições. Mas não aceitaremos nenhum dia de impunidade. Anistia nem pensar! Queremos Bolsonaro na cadeia”, afirmou Juliano.

Ações no TSE

A conduta do ex-mandatário da República no pleito de 2022 é contestada por partidos, ex-candidatos e coligações em pelo menos 16 Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes).

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Foto: Agência Brasil