Sobre mortos da covid, lÃder de Bolsonaro diz: “Situação confortável”
O Brasil registrou na terça (16) um novo recorde negativo com 2.798 mortes pela covid-19 em 24 horas e totalizou 282.400 óbitos desde o inÃcio da pandemia

Publicado em: 17/03/2021 Ã s 14:32 | Atualizado em: 17/03/2021 Ã s 14:32
O lÃder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), ao comentar em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira (17) o número de mortes por milhão de habitantes no Brasil por covid-19 e a quantidade de vacinados, disse que a situação do paÃs “é até confortável”.
O Brasil registrou na terça (16) um novo recorde negativo com 2.798 mortes pela covid-19 em 24 horas e totalizou 282.400 óbitos desde o inÃcio da pandemia.
Também desde que a pandemia começou, o paÃs já registrou 11.609.601 casos de infecção pelo coronavÃrus, 84.124 deles confirmados na terça. Segundo a Fiocruz, o Brasil passa pelo maior colapso hospitalar da história.
“Olhe bem a estatÃstica, mortes por milhão, ou seja, o cuidado do sistema de saúde com as pessoas. Reino Unido, 1.853 [mortes por milhão], em 4º lugar. Estados Unidos, 1.609 por milhão, em 11º. Brasil, 1.300 mortes por milhão, em 22º lugar”, afirmou Barros.
“Então, nosso sistema de saúde responde, está melhor no tratamento à s pessoas do que a maioria dos paÃses de primeiro mundo que estão na nossa frente em número de vacinados, mas o Brasil é o 5º do mundo em número de vacinados. Embora tenha começado mais tarde, já são 10 milhões e 300 mil vacinados e 11 milhões e 600 que já pegaram Covid e estão imunes. Então, a nossa situação, ela não é tão crÃtica assim. Comparada a outros paÃses, é uma situação até confortável”, completou o deputado.
Para especialistas, a relação de mortes por milhão de habitantes não é o parâmetro ideal para avaliar o andamento da pandemia.
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Eles afirmam que devem ser considerados outros fatores, como o estágio da doença, o tamanho e o perfil etário da população e o nÃvel de testagem.
De acordo com um levantamento do projeto “Our World in Data”, ligado à Universidade de Oxford, o Brasil tem 1.327,28 mortes/milhão, o 23º pior Ãndice entre todos os paÃses.
Também de acordo com o levantamento, o Brasil ocupa a 11ª posição em número absoluto de vacinados e a 89ª se levado em consideração o percentual da população que já foi vacinada. Até o momento, 4,91% da população brasileira tomou a primeira dose da vacina e 1,79% está imunizada com duas doses.
O ritmo da vacinação no paÃs é considerado lento por especialistas. Se o ritmo atual for mantido, a Fiocruz prevê dois anos e meio para imunizar todos os brasileiros com mais de 18 anos; e só com a primeira dose. Em várias cidades importantes, a vacinação tem sido interrompida por falta de doses.
O Brasil já possui casos confirmados de reinfecção pela Covid-19 desde dezembro de 2020. Por isso, ter tido a doença não é sinônimo de estar imune. Casos de reinfecção da nova variante que circula no paÃs também já foram registrados.
Novo ministro
Na entrevista, Barros falou ainda sobre o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que já foi anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro como o sucessor do atual ministro, Eduardo Pazuello.
Queiroga e Pazuello já iniciaram uma transição no comando da pasta. Barros disse que a prioridade deve ser a aceleração da vacinação e o adiantamento da entrega de doses já contratadas.
“Tenho a absoluta convicção que ele cumprirá sua missão, senão não teria assumido o ministério. Ele sabe o que deve ser feito e tem o comando do governo central, mas sabe que a tarefa é acelerar a vacinação, negociar adiantamento da entrega de doses e trazer novos fornecedores. E com isso nós podemos avançar”, afirmou o deputado.
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