Aziz diz ninguém é contra o arcabouço do novo marco fiscal

Com apoio esperado de pelo menos 60 senadores, a aprovação do texto busca reduzir a inflação e os juros para impulsionar o crescimento econômico e a criação de empregos.

Diamantino Junior

Publicado em: 04/06/2023 às 20:51 | Atualizado em: 04/06/2023 às 20:51

O senador Omar Aziz, do PSD-AM, relator do novo marco fiscal no Senado Federal, disse à CNN Brasil que a matéria será discutida em plenário já no mês de junho, e espera-se que conte com o apoio de pelo menos 60 dos 81 senadores. Em uma coletiva de imprensa nesta semana, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou a escolha de Aziz para conduzir a análise do texto na Casa.

O marco foi aprovado pela Câmara dos Deputados no último dia 24.

Em entrevista à CNN, Omar Aziz explicou os próximos passos e manifestou o desejo de votar o texto no Senado até os dias 20 ou 21 deste mês.

O senador ressaltou que tanto a Câmara quanto o Senado não têm o direito de atrapalhar esse momento e que muitos estão tentando misturar a questão da reforma administrativa e das medidas provisórias com o marco fiscal.

Ele afirmou que ninguém é contra o arcabouço do novo marco fiscal, embora existam divergências quanto ao teto de gastos.

Aziz destacou a expectativa da nação brasileira em relação à aprovação da matéria e elogiou a tranquilidade com que a Câmara aprovou tanto o pedido de urgência quanto o mérito do projeto.

No entanto, o senador ressaltou que o Senado é uma casa revisora e que haverá discussões a respeito. Enquanto alguns senadores são mais flexíveis, outros podem querer impor restrições adicionais.

Ainda assim, o objetivo é chegar a um denominador comum.

Aziz enfatizou que o relatório feito pelo deputado Claudio Cajado na Câmara agradou à maioria e que a meta do novo marco fiscal é reduzir a inflação e os juros, visando impulsionar o crescimento econômico e a geração de empregos.

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O senador também mencionou que há questões em discussão relacionadas ao texto da proposta, como o Fundo Constitucional de Brasília e o Fundeb.

Ele enfatizou a importância da educação como prioridade e ressaltou a necessidade de análises, números e projeções para evitar qualquer prejuízo à já combalida educação no Brasil.

A expectativa é de que o Senado aprove o novo marco fiscal, seguindo os trâmites necessários para impulsionar a economia do país e enfrentar os desafios fiscais.

A votação do projeto está prevista para ocorrer ainda neste mês, e o trabalho de Omar Aziz como relator será fundamental para garantir o avanço da proposta e sua adequação às necessidades econômicas e sociais do Brasil.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado