Senador não se arrepende e diz que Marina é que deve pedir desculpas

Valério foi advertido publicamente pelo presidente da casa, Davi Alcolumbre, e censurado por muitos colegas

Antônio Paulo, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 19/03/2025 às 21:28 | Atualizado em: 19/03/2025 às 22:16

Praticamente todo o plenário do Senado condenou neste 19 de março a fala agressiva e violenta de Plínio Valério sobre a ministra Marina Silva, o que também repercutiu muito negativamente contra o senador do Amazonas.

Na sessão de hoje, Valério foi advertido publicamente pelo presidente da casa, Davi Alcolumbre, e censurado por muitos colegas, notadamente as senadoras, que se posicionaram em defesa da ministra contra o senador.

Em consequência, todos os senadores que ocuparam a tribuna para falar do caso pediram que o senador do Amazonas faça um pedido formal de desculpas à ministra.

Em resposta, porém, Valério voltou a atacar Marina ao afirmar que ela também deveria pedir desculpas a ele.

Em entrevista ao programa “Bom Dia, Ministra!”, do CanalGov, nesta quarta-feira, Marina classificou a declaração do senador como clara incitação à violência contra a mulher e disse que atitudes assim são de pessoa “psicopata”.

“Ela me chamou de psicopata. Empatou. Não vou processá-la por isso”, afirmou o senador.

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Somente os senadores Márcio Bittar (União Brasil-AC) e Eduardo Girão (Novo-CE) saíram em defesa do colega Plínio Válério.

Bittar, que foi relator da CPI das ongs proposta por Valério, afirmou que o senador do Amazonas “foi desrespeitado pela ministra na CPI”.

Girão, dos maiores seguidores do pensamento de Bolsonaro sobre as mulheres e outros grupos, afirmou que Valério sempre foi “uma pessoa muito equilibrada, serena e humanista”.

Embora estivessem no plenário, assistindo a toda essa confusão, os demais senadores do Amazonas, Eduardo Braga (MDB) e Omar Aziz (PSD), não se pronunciaram nem a favor nem contra o colega.

Foto: BNC Amazonas