Sem prestígio, FAF e CBF deixam Manaus fora da Copa do Mundo feminina
Ter um nortista como vice-presidente da entidade não teve peso nenhum na escolha das sedes pela Fifa.

Ednilson Maciel
Publicado em: 08/05/2025 às 14:05 | Atualizado em: 08/05/2025 às 14:05
O prefeito de Manaus, David Almeida, lamentou à imprensa neste dia 8 de maio a capital do Amazonas ter sido preterida na escolha das sedes brasileiras pela Fifa para a Copa do Mundo Feminina de futebol, em 2027.
“É uma pena. A maior área territorial do país ficou de fora. Nós, que já sediamos copa, olimpíadas…”.
Almeida cutucou o Governo do Amazonas por Manaus ter ficado de fora, assim como as demais capitais da região Norte.
“Diga-se, de passagem, é o Governo do Estado que estava nas tratativas com a CBF. Infelizmente, Manaus ficou de fora, o Norte ficou de fora, nós temos muito a lamentar”.
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O atual vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é também presidente da Federação Amazonense de Futebol (FAF). Trata-se de Ednailson Rozenha, rondoniense que é deputado estadual do PMB no Amazonas.
Rozenha foi tratado na mídia como sem força e sem prestígio na CBF, refletindo a derrocada do futebol do Amazonas, ao não ter influenciado por Manaus e nenhuma capital da região Norte nessa escolha da Fifa, anunciada nesta quarta-feira (7).
As oito cidades-sede da Copa do Mundo Feminina, três são da região Nordeste (Fortaleza, Recife e Salvador), três do Sudeste (Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo), uma do Sul (Porto Alegre) e Brasília, no Distrito Federal.
A experiência da Copa do Mundo de 2014 em Manaus, que levou à construção da Arena da Amazônia, hoje uma estrutura subutilizada para sua grandiosidade, não foi devidamente demonstrada à Fifa pela CBF.
Hoje, a Arena da Amazônia, construída para eventos desse porte, permanece como um dos principais estádios do país.
Além do prefeito David Almeida, a exclusão de Manaus gerou frustração entre autoridades e moradores.
Conforme eles, a capital do Amazonas mostrou capacidade total de sediar grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.
Como resultado, a decisão de deixar Manaus fora da lista de sedes levanta questões sobre a distribuição regional dos grandes eventos esportivos no Brasil e o aproveitamento da infraestrutura já existente em cidades fora do eixo Sul-Sudeste.
Foto: reprodução/internet