Sem nada para entregar, Lula cancela Parintins-Amazonas

Além da falta de um grande projeto para anunciar, pesa também a tragédia ambiental do Rio Grande do Sul

Sem nada pra entregar, Lula cancela Parintins-Amazonas

Neuton Correa, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 19/06/2024 às 06:47 | Atualizado em: 19/06/2024 às 10:08

O presidente Lula comunicou a aliados regionais que desistiu da viagem que gostaria de fazer para assistir a uma noite do Festival Folclórico de Parintins, no Amazonas.

No início de junho, no dia 5, ao anunciar aporte de recursos federais para o evento, o ministro do Turismo anunciou que o presidente iria à festa dos bumbás.

Havia uma condicionante, contudo: a tragédia do Rio Grande do Sul. O presidente não se deslocaria para uma festa enquanto os gaúchos estivessem enfrentando dificuldade.

Sem entregas

Mas, essa não foi a única questão. Pesou na decisão de Lula o fato de, neste momento, ele não ter nenhum grande projeto para anunciar a Parintins ou ao estado.

Por exemplo, a pavimentação da BR-319 ainda é um assunto que não passou de debates de viabilidade ambiental, econômica e social.

Portanto, muito distante da necessária licença ambiental para uma rodovia que é abandonada em pelo menos metade de sua extensão de quase 900 quilômetros.

Sem sinal de Lula

A não participação do presidente da República no festival dos bois Caprichoso e Garantido já se percebia desde o anúncio da viagem.

Afinal de contas, até este 19 de junho não houve nenhum contato com autoridades, nem de Parintins nem do governo. É praxe o envio de equipe para levantamentos prévios de inteligência e segurança, sobretudo.

O BNC Amazonas, desde a semana passada, já informava que essas providências não foram tomadas pelo Planalto.

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Doenças, temor no RS

O Rio Grande do Sul, atingido pelas enchentes dos últimos 45 dias, tem trabalhado para evitar que doenças como a tuberculose se alastrem e atinjam a população que passou várias semanas convivendo com o frio e alagamentos.

O hospital sanatório Paternon, da rede estadual de saúde, é referência no tratamento da doença.

A coordenadora do Programa Estadual de Controle da Tuberculose da Secretaria de Estado e Saúde, Carla Jarczewski, adotou providências junto a abrigos para o controle da doença.

“A gente sabe que a situação de aglomeração favorece o contágio. Desde o início da enchente temos acentuado muito a busca de quem tem sintomas respiratórios, tosse, suores noturnos, falta de apetite e emagrecimento, que são características do nosso sintomático respiratório, principalmente a tosse, com ou sem catarro. Essas pessoas, quando identificadas que têm o diagnóstico feito, e enquanto aguardam, elas devem usar máscara comum para não contaminar outras pessoas”. (Fonte: Agência Brasil).

Foto Ricardo Stuckert/ Presidência da República