Sem auxílio de Bolsonaro, comércio cai e aumentam saques da poupança
Analistas preveem um primeiro trimestre de queda no varejo e freio na atividade econômica do país com o fim dos pagamentos

Publicado em: 05/02/2021 às 11:06 | Atualizado em: 05/02/2021 às 11:07
O fim do pagamento do auxílio emergencial já afetou as vendas de supermercados e lojas de material de construção em janeiro. Além disso, influenciou um saque recorde de recursos da caderneta de poupança.
Iniciado em abril, o benefício destinado a trabalhadores informais e desempregados para aliviar os efeitos da pandemia na renda injetou mais de R$ 290 bilhões na economia.
Conforme analistas preveem, deve haver um primeiro trimestre de queda no varejo e freio na atividade econômica do país com o fim dos pagamentos.
No mês passado, os saques na caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 18,2 bilhões. A princípio, Janeiro costuma ser um mês de resgates na poupança, para pagar as despesas de início do ano como IPVA e IPTU.
Mas este ano a perda foi recorde. Portanto, a maior já registrada desde 1995, quando teve início a série histórica, como reflexo do fim do auxílio.
“Devemos ter um trimestre fraco, até mesmo com queda nas vendas. Além da falta do auxílio, temos um cenário de inflação alta, regressão na reabertura do comércio em algumas cidades e um alto número de desempregados”, diz o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Fábio Bentes.
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