No ritmo da ZFM, cresce no Amazonas número de exportadoras

O total exportador alcançou o valor de R$ 4,7 bilhões no ano passado, quase o mesmo montante alcançado em 2022

governo Lula exportações

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 11/04/2024 às 18:19 | Atualizado em: 15/04/2024 às 11:20

O número de médias e grandes empresas exportadoras no Amazonas aumentou de 271, em 2022, para 288 em 2023, crescimento de 6,3%.

Sendo assim, o total exportador alcançou o valor de R$ 4,7 bilhões no ano passado, quase o mesmo montante alcançado em 2022.

Com relação às empresas de pequeno porte, houve um crescimento no mesmo período de 49 para 53, mas isso não se resultou em maiores recursos.

Nesse segmento, em 2022, o total exportado foi de R$ 922,3 milhões, enquanto no ano passado o valor chegou a R$ 392,9 milhões, uma variação negativa de 57,4%.

Já no setor das microempresas e MEI houve uma redução de empresas no período de 60 para 53 (-11,7%).

Contudo, o volume exportador foi bem maior: R$ 103,3 milhões contra R$ 70.7 milhões em 2022.

As empresas de médio e grande porte representam no estado 75% do total de empresas exportadoras.

Os dados foram divulgados pela Secretária de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

O estudo mostra que, na região Norte, Rondônia foi o estado que registrou o maior aumento percentual de micro e pequenas empresas exportadoras: 38,7% e 16,1%, respectivamente.

Por sua vez, as empresas de médio e grande porte tiveram maior crescimento no Pará: 12,4%.

As regiões Norte (8,8%) e Centro-Oeste (8%) foram as que tiveram o maior aumento percentual de novas empresas brasileiras exportadoras em 2023.

Na sequência aparecem Centro-Oeste (8%), Sul (2,6%) e Sudeste (1,4%).

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Desigualdade regional

Embora o crescimento nessas regiões seja positivo, as desigualdades regionais despontam também nesse quesito.

As regiões Sudeste e Sul são as maiores concentradoras de empresas exportadoras, sendo 83,6% no caso das microempresas, 88,3% nas pequenas e 87,7% nas médias e grandes.

O vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin disse que o governo trabalha para que todas as regiões do país possam exportar e melhorar a participação das micro e pequenas empresas no mercado internacional.

“É nesse sentido que lançamos no ano passado a política nacional da cultura exportadora. A ideia é justamente elevar a participação das micro e pequenas empresas no mercado internacional, com mais cidades de todas as regiões exportando”.

Alckmin destacou também o fato das micro e pequenas empresas exportarem, predominantemente, produtos manufaturados, o que aumenta a qualidade e a competitividade da pauta exportadora brasileira, que é um dos objetivos centrais do programa Nova Indústria Brasil.

“Além de exportar mais, temos que incluir as pequenas empresas. Expandir para o Brasil inteiro exportar. Nós temos uma tarefa grande. Exportar com valor agregado, pois se a gente pegar a pauta de exportação brasileira, temos soja, petróleo bruto e minério de ferro. Isso é 40% da exportação brasileira, três produtos. Então, nós precisamos agregar valor, diversificar mais, ter mais destinos para o nosso comércio exterior”, afirmou Alckmin.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil