Reunião do CAS volta a ser presidida por um ministro

Três anos e meio após o ex-ministro da Economia Paulo Guedes ter mostrado desprezo pela Zona Franca de Manaus, as reuniões do Conselho de Administração da Suframa (CAS) voltarão a ser presididas por um ministro.

A última reunião presidida por um ministro, como sempre acontecia, foi em julho de 2019. Mas ela foi marcada por críticas, porque Guedes, em sua vinda a Manaus, defendeu o fim da ZFM.

Com isso, o ex-ministro de Bolsonaro, em setembro, mudou a composição do CAS e passou o comando do conselho para um subordinado.

Agora, Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), irá presidir a próxima reunião do colegiado.

Essa reunião será no próximo dia 24/03, às 10h, em Manaus.

A informação foi divulgada na noite desta segunda-feira, 13, pela assessoria de comunicação da Suframa.

De acordo com a autarquia, a agenda foi informada pelo ministro Alckmin ao superintendente interino da Suframa, Marcelo Pereira.

Ainda de acordo com a autarquia, Marcelo se reunirá amanhã com o Governo do Estado para discutir detalhes do cerimonial sobre a vinda de Alckmin.

Aniversário

A reunião do dia 24 será a primeira do CAS em 2023. Ela terá caráter especial por ser comemorativa ao aniversário de 56 anos da Suframa.

Oficialmente, o aniversário foi no último dia 28 de fevereiro.

Pauta do CAS

A expectativa é que o encontro conte com uma pauta de 44 projetos industriais e de serviços, totalizando aproximadamente R$ 1,5 bilhão em novos investimentos e a geração de aproximadamente dois mil empregos.

A partir desta terça-feira, 14, a Suframa e o Governo do Estado intensificarão preparativos para recepcionar o vice-presidente da República e os novos conselheiros do CAS.

Novo CAS

Nesta segunda-feira, foi publicado no Diário Oficial da União o Decreto nº 11.435, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ato define a nova composição do CAS. Ele terá 25 membros titulares, incluindo algumas novidades. Trata-se da reintegração do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e a participação inédita do Ministério dos Povos Indígenas.

Assim, o superintendente da Suframa afirma que o governo teve extremo zelo durante todo o processo de elaboração do decreto com a nova estrutura do conselho. Isso, acrescentou, para não causar prejuízos ao ambiente de negócios da região. Assim, disse, editou-se um documento adequado às demandas dos diversos segmentos e vertentes da ZFM.

“A reunião atrasou cerca de 20 dias em relação à data originalmente proposta. Esse foi um dos menores tempos que já tivemos nesse processo de transição do governo federal. Isso é para deixar claro que houve um cuidado do governo federal para que não represássemos investimentos e não demorássemos para celebrar a reunião de um dos principais colegiados de investimentos da região”, ressaltou Pereira.

Foto: Divulgação/Fiesp/Karim Kahn