PT na Câmara repudia perseguição política a delegado João Tayah no AM
Após retornar de licença eleitoral, o delegado João Tayah que foi candidato a vereador de Manaus, teve remoção publicada em portaria para o município de São Paulo de Olivença, distante a 993 quilômetros da capital do AM

Ferreira Gabriel
Publicado em: 11/12/2020 às 11:44 | Atualizado em: 11/12/2020 às 14:57
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Enio Verri (PR), emitiu nota da bancada repudiando a perseguição da cúpula da Polícia Civil no Amazonas ao delegado João Tayah, que obteve 2.945 votos para vereador nas últimas eleições.
“Ao retornar da licença eleitoral, no dia 30 de novembro, Tayah foi surpreendido com uma remoção para o município de São Paulo de Olivença, a 993 quilômetros de Manaus, por decisão da Delegada-Geral, Emília Ferraz”, denuncia o líder na nota.
Segundo ele, é nítida a decisão de caráter político e ideológico, já que todos os outros cinco delegados que participaram da disputa eleitoral retornaram às suas lotações originais.
De acordo com a nota, a legislação permite a funcionários públicos participar democraticamente das disputas eleitorais.
“Ademais, a remoção arbitrária viola expressamente o Estatuto da Polícia Civil do Amazonas, que, no seu artigo 153, proíbe remoções de policiais civis para outra localidade até três meses depois das eleições”.
Por fim, a bancada do PT se solidarizou com o delegado e manifestou expectativa de que a Justiça reveja a portaria.
A medida é considerada “ilegal, autoritária e destituída de fundamentação, já que não explica as razões de fato e de direito que justifiquem a remoção do delegado para localidade a quase 1000 quilômetros de Manaus, onde exercia suas atividades há quatro anos”.
Foto: Reprodução/Facebook José Ricardo