Pronunciamento: Lula pede por um Natal de união
"Fim de ano chegando. Está na hora de deixar as diferenças políticas de lado", diz o presidente.

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 24/12/2023 às 09:37 | Atualizado em: 24/12/2023 às 09:37
O presidente Lula da Silva fará nesta noite (24) a tradicional mensagem de Natal, em cadeia nacional de rádio e televisão.
Conforme divulgou o Correio Braziliense, ele deve pedir às famílias que abram mão de desavenças políticas e valorizem a união, neste fim de ano.
O presidente também vai fazer referência aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e os desafios do país para manter o equilíbrio democrático.
Lula tem compartilhado com seus aliados a preocupação com a polarização política no país e os possíveis impactos desse cenário nas eleições municipais de 2024.
Segundo a publicação, em um evento do Partido dos Trabalhadores (PT), no início do mês, ele previu que, na disputa municipal, ele e o ex-presidente Jair Bolsonaro, como cabos eleitorais, continuarão catalisando o eleitorado.
Assim, eesse contexto, ressaltou a importância de que o partido e seus aliados defendam a democracia, sem medo.
Lula ainda deve fazer um balanço das ações do governo neste primeiro ano de seu terceiro mandato. Será destacado o retorno dos programas Bolsa Família; Minha Casa, Minha Vida; e, também, a aprovação da reforma tributária. Para 2024, o presidente deve adiantar algumas prioridades.
Além da transição energética e a defesa do meio ambiente, muito discutidas na última Conferência do Clima das Nações Unidas (COP28), seguem como agendas prioritárias.
Assim como, Lula deve enfatizar que 2024 será o ano de colher os frutos das medidas adotadas neste primeiro ano de governo.
Segundo um assessor do Planalto, a expectativa é que as ações implementadas neste período comecem, efetivamente, a surtir efeito a partir de janeiro.
Dessa forma, essa não será a primeira vez que Lula falará sobre união e democracia, em razão da polarização que atingiu seu auge na campanha eleitoral de 2022.
Ou seja, quando derrotou o então presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma disputa apertada, só definida no segundo turno.
No fim de novembro, ele publicou no X (antigo Twitter) um pedido para que as pessoas deixassem as brigas de lado e se reconciliassem.
Fim de ano chegando. Está na hora de deixar as diferenças políticas de lado. Dos familiares se perdoarem pelas brigas do passado e que o respeito seja a regra. Assim, construiremos dias melhores, escreveu, na ocasião.
Portanto, no discurso desta noite, o presidente não vai citar nenhum ministro ou integrante do governo. Nem mesmo Fernando Haddad (PT), da Fazenda, que capitaneou em nome do Planalto as negociações para a aprovação do novo Marco Fiscal e da reforma tributária.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil