Pré-assembleia: professores do AM devem rejeitar 14% propostos pelo governo
A categoria compareceu em peso nesta manhã de terça-feira, dia 30, na terceira semana de paralisação das aulas na rede estadual.

Gabriel Ferreira, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 30/05/2023 às 10:56 | Atualizado em: 30/05/2023 às 11:10
Momentos antes da assembleia geral para avaliar reajuste salarial de 14% oferecido pelo Governo do Amazonas, o clima entre os professores era de rejeição da proposta. O evento é no Clube Municipal, na avenida Torquato Tapajós, zona Centro-Oeste de Manaus.
Conforme a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), Ana Cristina Pereira, disse ao BNC Amazonas, a categoria não aceitará a oferta do governo.
A categoria compareceu em peso nesta manhã de terça-feira, dia 30, na terceira semana de paralisação das aulas na rede estadual.
Em contraproposta à reivindicação de 25%, o governo ofereceu 8%, o que não foi aceitado e a greve iniciada no dia 17 deste mês continuou.
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Governo retoma hoje negociações com professores em greve
A pedido do governo, desembargador do Tribunal de Justiça (TJ-AM) declarou a greve como ilegal, e arbitrou multa diária em caso de desobediência.
Nos bastidores da assembleia, professora que pediu para não ser identificada também afirmou que a proposta de 14% deve ser recusada. Assim como a ideia de parcelamento do reajuste.
Essa tendência estava expressa em vários cartazes exibidos pelos professores.
Governo do Amazonas retoma negociações com professores em greve
O Governo do Amazonas retomou as negociações com o movimento de greve dos professores do Estado nesta segunda-feira (29/). Um dos principais pontos de reivindicação dos grevistas é um reajuste salarial de 25%. A greve já está na terceira semana e tem gerado tensões entre o sindicato e o governo.
Desde o início da paralisação, o governo tomou medidas legais, denunciando a greve na Justiça e descontando o salário dos professores que faltaram ao trabalho.
Agora, o deputado estadual Felipe Souza, líder do governo na ALE-AM, foi designado para fazer contato com o Sindicato dos Professores e apresentar dados da Secretaria da Fazenda (Sefaz) que podem ajudar a encontrar uma solução para o impasse.
O governo alega que há um estudo que mostra melhora na arrecadação do Estado nos últimos dois meses, indicando uma recuperação econômica.
Essa recuperação é resultado da estabilização da queda na arrecadação verificada no primeiro mês do ano.
Além do reajuste salarial, outro ponto importante nas negociações são as faltas descontadas.
Já há uma proposta sobre esse assunto, mas o governo só discutirá o tema durante as conversas com o sindicato.
Foto: BNC Amazonas